Gonete cometeu um erro durante o depoimento de Aldo Rebelo ao STF: “Joguei tudo para o chão”

O procurador da República iniciou a entrevista com “o senhor acredita”, – uma abordagem incomum em questionamentos.

23/05/2025 17h25

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(Imagem de reprodução da internet).

O procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, deixou o microfone ligado e proferiu um comentário dizendo que “fez cagada” durante a oitiva do ex-ministro da Defesa, Aldo Rebelo, no Supremo Tribunal Federal, na sexta-feira 23. Ele compareceu à Corte como testemunha de defesa do ex-comandante da Marinha Almir Garnier, investigado na ação penal sobre a trama golpista para manter Jair Bolsonaro no poder, em 2022.

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O procurador iniciou uma pergunta ao depoente com “o senhor acredita”, o que não é usual em interrogatórios, visto que testemunhas “relatam fatos, e não opiniões”, segundo advogados envolvidos no caso. Com a indagação, Gonet procurava verificar se, sem o Exército, a Marinha conseguiria romper a ordem institucional no Brasil.

No mesmo instante, o advogado de Garnier, Demésthenes Torres, interrompeu o questionamento para indicar que, “se ele não podia fazer afirmações ou pedir opiniões”, Gonet também não podia. O ministro do STF Alexandre de Moraes, que presidía a audiência, recomendou que o chefe da PGR reformulasse a pergunta.

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Nesse instante, Gonet, que estava sendo ouvido em videoconferência como os demais, falou com as mãos nos lábios: “Errei feio agora”. O microfone dele estava aberto e o áudio foi transmitido.

A plateia acompanhando a sessão riu e o depoimento prosseguiu. O procurador do MPF reformulou a questão e Aldo Rebelo respondeu que a Marinha, isoladamente, não conseguiria liderar um golpe.

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Antes, o ex-ministro da Defesa durante o governo Dilma Rousseff fora advertido por Moraes durante o depoimento. “Se o senhor não se comportar, o senhor será preso por desacato”, declarou o ministro do STF após receber uma resposta que o desagradou.

Fonte: Carta Capital

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