Google informa ao STF não possuir informações sobre o autor da publicação da suposta “minuta do golpe”
A empresa de tecnologia afirma que os dados são responsabilidade das páginas que divulgaram a minuta. Leia no Poder360.

O Google comunicou à Suprema Corte, na quarta-feira (18.jun.2025), que não possui condições de obedecer à ordem do ministro Alexandre de Moraes, que determinou o envio de informações sobre quem publicou uma cópia da “minuta do golpe”, um texto de um possível decreto para implantar estado de sítio ou de defesa, que teria de ser aprovado pelo Congresso em um domínio público na internet.
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Moraes solicitou ao Google na terça-feira (17.jun) o envio de informações sobre quem publicou o que a PF (Polícia Federal) considera ser uma “minuta de golpe”. A decisão atende a pedido da defesa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
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Conforme o escritório de advocacia que representa o Google no Brasil, o provedor de buscas não possui os dados, que, segundo a empresa, são de responsabilidade das páginas que divulgaram o documento.
A Google comunicou a inviabilidade de processar a solicitação de fornecimento de dados, ressaltando que a obtenção de informações e dados sobre publicações em sites de terceiros será realizada diretamente aos seus respectivos administradores.
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A grande tecnologia argumenta que o buscador não é responsável pela hospedagem de páginas de terceiros. Além disso, o Google afirmou que Moraes não especificou a URL de conteúdo hospedado ou vinculado aos serviços da empresa.
A busca do Google é uma ferramenta gratuita que organiza informações e conteúdos já disponíveis na internet, visando torná-las mais acessíveis aos usuários.
Em 2023, uma cópia da “minuta do golpe” foi apreendida na residência de Torres durante a operação da Polícia Federal.
De acordo com apurações, o documento estava sob o conhecimento de Bolsonaro e visava a decretação de medidas de estado de defesa com o objetivo de reverter o resultado das eleições de 2022 e evitar a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A defesa do ex-ministro da Justiça argumenta que o documento possui pouca relevância para as investigações e que seu conteúdo pode ser encontrado na internet.
Após receber as informações, os advogados pretendem solicitar uma perícia para comprovar que a “minuta do golpe” encontrada na casa de Anderson Torres não tem relação com o documento que teria sido apresentado pelo ex-presidente aos ex-comandantes das Forças Armadas.
Na internet existem diversos arquivos denominados “minuta do golpe”. Não se consegue determinar sua origem e desconhece-se com exatidão quem os produziu.
Trata-se de documentos que apresentam condição de alerta ou de proteção, conforme o documento em análise. Todos necessitariam, para se tornarem válidos, de uma ratificação dos chefes militares das Forças Armadas (o que não ocorreu) e ainda serem aprovados pelo Congresso (tentativa que não foi realizada). A aparência desses textos é que são versões elementares e distantes de possuir um formato adequado para a implementação.
O Power360 detectou estes 3 arquivos em sites da internet:
Com informações da Agência Brasil.
Fonte por: Poder 360