Google é investigado pela UE por uso de conteúdo online para IA. A Comissão Europeia abre nova investigação contra a Alphabet, focando no uso de editoras e vídeos do YouTube. A situação gera tensões com os EUA e pode resultar em multas de até 10% da receita global do Google
A União Europeia está investigando o Google, da Alphabet, por preocupações sobre como a empresa utiliza conteúdo online de editoras e vídeos do YouTube para treinar seus modelos de inteligência artificial. Essa é a segunda vez que a Comissão Europeia abre uma investigação contra o Google em menos de um mês, refletindo o crescente interesse em como as grandes empresas estão dominando novas tecnologias e o potencial de excluir concorrentes.
A situação já gera tensões com os Estados Unidos, pois as regulamentações da UE têm se tornado um ponto de discordância nas relações bilaterais.
A Autoridade de Defesa da Concorrência da UE está preocupada com a possibilidade de o Google estar usando conteúdo de editoras para criar seus “AI Overviews” – relatórios gerados por IA que aparecem acima dos links tradicionais – sem oferecer compensação ou permitir que as editoras optem por não participar.
A empresa também está sob escrutínio pelo uso que faz de vídeos enviados por usuários no YouTube. A chefe antitruste da UE, Teresa Ribera, destacou que um ecossistema de informação saudável depende da capacidade das editoras de produzir conteúdo de qualidade, e que a UE não permitirá que intermediários determinem essas escolhas.
O Google inicialmente rejeitou as reclamações de editoras independentes em julho, o que levou à investigação da UE. Em resposta, o Google argumentou que essa investigação poderia sufocar a inovação em um mercado cada vez mais competitivo. A empresa afirma que busca colaborar com as indústrias de notícias e criativas durante a transição para a era da inteligência artificial.
No entanto, a posição do Google é vista com ceticismo por grupos de defesa da internet, que alertam para os riscos de uma empresa dominante determinar as condições de acesso à informação.
Organizações como a Independent Publishers Alliance, o Movement for an Open Web e a Foxglove criticaram o Google, argumentando que a empresa está quebrando o modelo tradicional de indexação e recuperação de sites. Tim Cowen, que representa esses grupos, explicou que o Google está priorizando seus “AI Overviews” (baseados no Gemini) em detrimento dos links tradicionais, e que a empresa está explorando o conteúdo de outros sites para treinar o Gemini.
A situação levanta questões sobre o futuro da internet e o papel das grandes empresas na distribuição de informação.
Os “AI Overviews” são relatórios gerados por IA que aparecem acima dos links tradicionais para páginas da web relevantes e são exibidos para usuários em mais de 100 países. A empresa começou a adicionar anúncios à ferramenta em maio passado.
A Comissão Europeia também está investigando a política anti-spam do Google. Se o Google for considerado culpado de violar as regras antitruste da UE, a empresa corre o risco de uma multa de até 10% de sua receita anual global. A situação se desenha em um contexto de crescente escrutínio regulatório, como a investigação sobre os planos da Meta de bloquear concorrentes de IA no WhatsApp.
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