Governador da Califórnia critica envio “ilegal” da Guarda Nacional

Em Los Angeles, 300 militares foram enviados para controlar manifestações; governador afirma que a situação representa uma “violação da soberania” do estado.

09/06/2025 4h49

2 min de leitura

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(Imagem de reprodução da internet).

O governador da Califórnia, Gavin Newsom (Partido Democrata), classificou como “ilegal” o envio de tropas da Guarda Nacional para Los Angeles, ação implementada pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano). O governador concedeu uma entrevista à rede MSNBC.

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Em 8 de junho de 2025, Newsom solicitou ao secretário de Defesa, Pete Hegseth, que o governo federal revogasse a medida, ao mesmo tempo em que manifestantes confrontavam as forças de segurança nas ruas da cidade.

Veja um vídeo dos protestos em Los Angeles.

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Nunca imaginei que veríamos Los Angeles em chamas, tudo por causa de multidões apoiando criminosos.

Angela Belcamino (@AngelaBelcamino) 9 de junho de 2025

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Cerca de 300 soldados da Guarda Nacional foram enviados a Los Angeles no domingo (8 de junho), conforme informações do jornal digital Politico. O envio das tropas é uma resposta aos protestos contra as operações de imigração.

A decisão de federalizar a Guarda Nacional sem a aprovação do governador não ocorria desde 1965, quando o presidente Lyndon B. Johnson (Partido Democrata, 1963-1969) enviou tropas para o Alabama — nesse caso, para proteger manifestantes em favor dos direitos civis. Leia a íntegra do memorando de Trump, em inglês (PDF — 93 kB).

Newsom e sua equipe sustentam que as forças policiais locais estão gerenciando a situação. O governador viajou para Los Angeles no domingo (8 de jun) para se reunir com autoridades locais e obter informações das forças de segurança. David Sapp, secretário de Assuntos Jurídicos de Newsom, encaminhou uma carta a Hegseth solicitando que reconsiderasse a ação.

Os protestos iniciaram na sexta-feira (6 jun) no centro de Los Angeles, e prosseguiram durante todo o fim de semana. No sábado (7 jun), manifestantes confrontaram agentes federais em resposta a uma operação de imigração realizada em uma loja da Home Depot (especializada em materiais de construção), nos subúrbios da cidade.

As forças de segurança empregaram gás lacrimogêneo contra os manifestantes que se aproximaram das tropas da Guarda Nacional, conforme reportagem da Associated Press. A Reuters informou que a polícia deteve 10 manifestantes no domingo (8.jun) e 29 na noite anterior.

Um oficial do Ministério da Defesa relatou ao Politico que cerca de 500 membros do USMC (abreviação para Corpo de Fuzileiros Navais) – conhecidos como Marines – receberam ordens de “preparação para mobilização” e podem ser deslocados para a área.

Não se sabe se ocorrerá um aumento suplementar no deslocamento de tropas federais ou se o governo Trump pretende ampliar as operações para outras cidades da Califórnia ou de outros Estados.

“Teremos tropas em todos os lugares”, afirmou Trump a repórteres no domingo (8.jun), sem dar detalhes específicos. “Não vamos permitir que isso aconteça com o nosso país. Não vamos permitir que o nosso país seja dilacerado como foi sob Biden”, declarou, referindo-se ao seu antecessor, Joe Biden (Partido Democrata).

Newsom afirmou: “Não há necessidade atual para que a Guarda Nacional seja mobilizada em Los Angeles, e fazê-lo é uma grave violação da soberania estadual que parece intencionalmente projetada para inflamar a situação”.

Os governadores democratas do país consideraram a decisão de Trump como um “preocupante abuso de poder” e declararam que “ameaçar enviar os Marines dos EUA para áreas americanas compromete a missão de nossos militares, prejudica a confiança pública e demonstra que o governo Trump não confia nas forças policiais locais”.

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Fonte por: Poder 360

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