Governador do Bahia defende fim das compras do país a fornecedores americanos

O ministro da Casa Civil reiterou em entrevista à rádio da Bahia que serão implementadas medidas de retribuição.

29/07/2025 14h36

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(Imagem de reprodução da internet).

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou, na terça-feira (29.jul.2025), que o Brasil não deve prosseguir com as compras dos Estados Unidos, visto que estes não desejam ter relação comercial com os brasileiros.

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Costa declarou, em entrevista à rádio Serra Dourada FM, Bahia, que os Estados Unidos não demonstram interesse em diálogo e reiterou a possibilidade de aplicar medidas recíprocas nos EUA. O aumento de 50% em todos os produtos brasileiros está previsto para entrar em vigor a partir de 1º de agosto.

Se confirmadas e implementadas essas tarifas, medidas de reciprocidade serão, sim, tomadas, porque, já que eles não querem ter relação comercial com o Brasil, o Brasil também não precisa continuar comprando deles, pode comprar de outros países.

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Costa declarou que não é positivo para nenhum país uma guerra comercial. Segundo ele, o Brasil já planeja ações para auxiliar as empresas e produtores rurais em caso de confirmação da tarifa.

Para o ministro, as consequências negativas serão para as pessoas dos EUA, que terão produtos mais caros, e para os empresários brasileiros que sofrerão no primeiro momento, mas que o governo já trabalha para redirecionar os produtos do Brasil para outros mercados.

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“Do nosso lado, considerando que é uma posição unilateral até aqui deles, estamos dispostos a conversar, mas conversa precisa de dois interessados, ninguém conversa sozinho, só conversa é quando o outro está interessado em conversar, e até que eles não tenham dado demonstrações firmes de interesse em conversar”, afirmou.

O ministro afirmou que os senadores que se encontram nos Estados Unidos para tentar negociar encontram todos os canais fechados com a indicação de que o assunto é restrito à Casa Branca, a qual os brasileiros não conseguiram acessar.

Empresas de tecnologia regulamentadas.

O ministro declarou, na mesma entrevista, que se faz necessária a regulamentação das redes sociais, pertencentes às grandes empresas de tecnologia. Ele afirmou que é “inadmissível” que as empresas obtenham lucro com conteúdos ilegais e de ódio.

Não é possível que uma empresa obtenha lucro publicando vídeos de prostituição infantil, de pedofilia, de crime organizado, de comércio de drogas, de difamação, de agressão racial contra outras pessoas. Ganhe dinheiro divulgando esses vídeos, postando em rede social.

As grandes empresas de tecnologia, que já foram objeto de decisões judiciais no Brasil, também foram mencionadas na carta de Donald Trump (Partido Republicano) em que este anunciou a imposição de tarifas sobre o Brasil.

6 meses de isolamento

Apesar de afirmar que o governo Lula tem se esforçado para negociar “sem qualquer contaminação política ou ideológica” desde 9 de julho, quando Donald Trump anunciou a tarifação, os atos e declarações do presidente, de integrantes do PT e do governo não têm seguido essa orientação.

A situação para uma possível negociação de alto nível se deteriorou. Essa piora foi percebida também em Washington devido a algumas decisões recentes do ministro Alexandre de Moraes, do STF. O petista não demonstrou interesse em ter uma reunião direta com Trump desde a posse do norte-americano (em 20 de janeiro). Afirmou não ter assunto para conversar e que seria ridículo.

Transcorreram seis meses de distanciamento entre o Brasil e os Estados Unidos. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou não ter conseguido ser recebido pelo chefe do Departamento de Estado norte-americano, Marco Rubio.

O presidente brasileiro afirmou, na semana passada, que se Trump estivesse blefando ao impor tarifas, o Brasil iria solicitar 6, em referência à estratégia do jogo de truco, onde o blefe é uma tática fundamental. Em resumo, o chefe do executivo indicou que o americano estaria blefando.

O petista também reclama que ninguém atende aos pedidos de conversa com o Brasil, sem relembrar que em 2024 afirmou que Trump era uma espécie de fascismo e nazismo com nova cara.

Fonte por: Poder 360

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