Governadores temem decisão do STF caso atendam pedido de nomeação de Eduardo Bolsonaro

A articulação de um movimento para garantir a continuidade do mandato do deputado federal está sendo realizada por apoiadores do ex-presidente.

24/07/2025 23h33

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(Imagem de reprodução da internet).

Governadores ligados ao bolsonarismo retiraram a proposta de indicar o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para o cargo de secretário de estado.

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A CNN apurou que, nos últimos dias, a ação foi coordenada por representantes das administrações de Cláudio Castro, no Rio de Janeiro, Tarcísio de Freitas, em São Paulo e Jorginho Melo, em Santa Catarina.

As condições para que isso ocorra são consideradas delicadas.

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A argumentação sustenta que, com a posse do cargo de estado, Eduardo poderia renunciar ao mandato sem prazo determinado, dispensando-se da necessidade de justificar suas ausências no Congresso Nacional.

A previsão está no artigo 56 da Constituição, que possibilita o afastamento de parlamentares para o exercício de funções no Executivo estadual ou federal.

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Contudo, para os articuladores dos três estados, a avaliação é que a manobra poderia comprometer politicamente os governadores. Os gestores estão sendo cobrados pelos setores produtivos que serão impactados, a partir de agosto, pela tarifação anunciada por Donald Trump.

O reconhecimento é que, neste momento, o gesto em favor do filho do ex-presidente poderia gerar prejuízos aos políticos, impactando as negociações em curso para as eleições de 2026.

Adicionalmente, governadores buscam evitar confronto com o Supremo Tribunal Federal. Recentemente, as fontes apontam que Eduardo intensificou os ataques ao judiciário.

A preocupação é que a nomeação seja revertida pelo STF ou que os governadores sejam alvo de Alexandre de Moraes. O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), solicitou ao ministro Alexandre de Moraes que conceda uma medida cautelar preventiva para impedir que o deputado assuma um cargo comissionado.

O pedido foi realizado na última terça-feira (22).

Em conversas privadas, lideranças avaliam e declaram que a proposta teria potencial de sucesso devido a um pedido direto de Jair Bolsonaro.

Fonte por: CNN Brasil

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