O governo avalia que a crise do INSS representa o pior cenário para a imagem do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), até o momento. A questão central é um desvio de recursos contra idosos, e muitos dos afetados, aposentados com baixa renda, são um grupo significativo do eleitorado do PT.
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O governo desconhece a magnitude da crise financeira e o valor do ressarcimento. Paralelamente, deputados federais do PL receberam instruções para criar unidades móveis em todo o país, visando auxiliar aposentados afetados pela fraude previdenciária.
Diante da pressão da oposição para a instalação da comissão, governistas já começam a admitir nos bastidores que podem apoiar a iniciativa, contanto que a gestão de Jair Bolsonaro (PL) também seja investigada. Na quinta-feira (15), Fabiano Contarato (PT-ES) foi o primeiro senador do PT a assinar o pedido.
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A alteração na posição ocorreu no mesmo dia em que o novo ministro da Previdência, Wolney Queiroz (PDT), compareceu ao Senado para discutir o assunto. O ministro buscou amenizar as tensões entre os parlamentares e dissociar o governo Lula da responsabilidade.
Em certo momento, passou a acusar o senador e ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, Sergio Moro (União Brasil-PR).
Denúncias de fraudes já eram apresentadas por servidores do INSS desde o governo Michel Temer (MDB). Para uma parcela de deputados da base governamental, o governo tardou em coletar esses dados e responder à crise, e agora busca recuperar o tempo perdido.
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A partir de junho, o governo alterou a regra de proteção do Bolsa Família, reduzindo o período de elegibilidade de dois para um ano. O mecanismo garante que famílias continuem recebendo uma parte do benefício em caso de vulnerabilidade social, mesmo com aumento de renda.
Fonte: CNN Brasil