Governo de São Paulo alega que Lula firmou acordo em relação à comunidade do Moinho

Governo estadual exige que cessão de terras seja vinculada à manutenção de residências já ocupadas, buscando evitar novas invasões.

28/06/2025 13h27

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(Imagem de reprodução da internet).

O governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) tem criticado o Palácio do Planalto por supostos “sinais confusos” no acordo para reassentamento de famílias da favela do Moinho, no centro de São Paulo.

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De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, a gestão estadual percebe risco de novas invasões em casas já desocupadas após o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) proibir demolições.

A tensão entre os governos estadual e federal escalou após a visita de Lula a uma comunidade na quinta-feira (26.jun.2025), ocasião em que o petista comunicou que as famílias que abandonarem a área receberão novas moradias. No dia seguinte, o Ministério da Gestão e Inovação divulgou uma portaria que condicionava a transferência do terreno da União para o Estado à preservação das estruturas habitacionais já desocupadas. A área pertence à União e está localizada no bairro de Campos Eliseos.

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O governo estadual avaliou as circunstâncias como arriscadas. Em comunicado, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação declarou que “a manutenção de estruturas vazias das casas é muito perigosa devido ao risco iminente de reinvasão, o que representaria um retrocesso desastroso em todo o processo”.

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A portaria do ministério, liderada por Esther Dweck, sustenta que a demolição pode afetar a segurança das residências próximas. Contudo, o governo paulista considera que o Palácio do Planalto estaria exaltando o otimismo de moradores contrários a Tarcísio e ao projeto de urbanização do local, que prevê a criação de um parque.

Os segundo integrantes da gestão Tarcísio Folha, do jornal O Estado de S. Paulo, apontam que a SPU (Secretaria de Patrimônio da União) solicitou um cronograma detalhado para a construção do parque. A equipe paulista afirma que seria inviável elaborar tal plano até a demolição das casas desocupadas, o que possibilitaria estudos técnicos do solo e da topografia da área.

O presidente e seus acompanhantes não demonstravam a mesma urgência, afirmou a Secretaria de Desenvolvimento paulista na nota. Acrescentou que Lula e Dweck “inflamaram os presentes” durante a visita. Internamente, o governo de São Paulo relata episódios de insegurança e ameaças sofridas por funcionários em visitas à favela enquanto seus moradores denunciam confrontos com a polícia nas operações de reassentamento. Durante o evento, foram ouvidas também críticas à PM (Polícia Militar) do Estado.

Até o momento, conforme informações do governo paulista, aproximadamente 300 das 900 famílias que residiam na favela do Moinho já haviam deixado o local.

A favela do Moinho é uma ocupação no coração da capital paulista, abrigando atualmente aproximadamente 900 famílias. O acordo com o governo de São Paulo garante que cada núcleo familiar possa escolher um imóvel de até R$ 250 mil. Todas as famílias com renda limitada a R$ 4.700 mensais serão beneficiadas.

Fonte por: Poder 360

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