Governo do Distrito Federal instalará barreiras antes do Congresso para ato em defesa da anistia
A discussão sobre o plano de segurança para o evento ocorrerá em reunião entre os organizadores e representantes da SSP, na segunda-feira.
A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (GDF) planeja instalar grades na Avenida José Sarney, em frente ao Congresso Nacional, para o evento de anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro.
A informação divulgada pelo GDF indica que a ação já está sendo implementada em outras manifestações na Esplanada dos Ministérios e não apresentará diferenças no dia 7 de maio. Os detalhes do plano de segurança para o evento serão debatidos em reunião entre os organizadores e a SSP, na segunda-feira (5/4).
A manifestação será coordenada pelo pastor Silas Malafaia e contará com a presença de outros líderes religiosos e políticos. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) convocou apoiadores em favor da anistia, mas não participará devido à recuperação de uma cirurgia no intestino. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro o representará.
A manifestação pacífica, em Brasília, por anistia, é liderada. “Nenhuma lata de lixo será virada”, afirmou Malafaia. A concentração do grupo será na Torre de TV, a partir das 16h.
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Durante o evento, o grupo deve enfatizar o posicionamento do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux no caso de Débora Rodrigues, julgada por ter pichado com batom a frase “perdeu, mané” na estátua A Justiça. O ministro Alexandre de Moraes votou pela condenação de Débora a 14 anos de prisão, enquanto Fux defendeu pena significativamente menor, de 1 ano e 6 meses de reclusão.
Anistia
O PL da Anistia encontra resistência na Câmara dos Deputados, conforme reportado pela coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles. O presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) só levará o projeto ao plenário se houver acordo. A questão é que petistas propõem anistia para crimes de menor envolvimento, enquanto a bancada de apoio a Bolsonaro busca o perdão de condenados por crimes de suposta ação de “golpe de Estado”.
Em vez da proposta de anistia defendida por bolsonaristas, o presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (União-AP), articula um novo texto para reduzir as penas de condenados pela participação nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. A proposta visa diminuir a pena de reclusão para os envolvidos com menor relevância, concentrando penas mais severas para os responsáveis pela suposta trama golpista, o que é rejeitado pela oposição.
Fonte: Metrópoles
