Governo Lula ajusta estratégia com a aprovação da abertura da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito sobre o INSS

A direção ainda não defende o apoio ao plenário, contudo, existe a percepção de que não se justifica a oposição à sua criação.

16/05/2025 13h29

2 min de leitura

Imagem PreCarregada
(Imagem de reprodução da internet).

O presidente Lula (PT) e os ministros da Casa Civil, Rui Costa (PT), das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), e da Secom, Sindônio Palmeira, se reuniram nesta sexta-feira 16, no Palácio da Alvorada, para debater a necessidade de instalação da CPI do INSS.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Os ministros e o presidente decidiram não mais se opor publicamente à investigação, após parlamentares do PT e integrantes do governo defenderem o colegiado. A estratégia ainda não é apoiar a CPMI, mas sim deixar de lutar contra ela.

Na quinta-feira, Gleisi se reuniu com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e foi informada de que seria inviável manter a investigação. Segundo o G1, Alcolumbre declarou-se grato por ter que ler o requerimento de instalação, uma vez que o Regimento Comum do Congresso Nacional determina que, com a assinatura de um terço dos deputados e um terço dos senadores, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito será estabelecida.

LEIA TAMBÉM:

A leitura ocorrerá em 27 de maio, quando o Congresso se reunirá para analisar vetos de Lula.

Conforme relatado pela CartaCapital, a avaliação do governo até quinta-feira era que a CPI do INSS na Câmara tinha mais chances de prosperar. Contudo, o apoio público do líder do PT no Senado, Rogério Carvalho (SE), a assinatura do senador Fabiano Contarato (PT-ES) no requerimento da CPMI e a manifestação de Alcolumbre levaram o governo e o Partido dos Trabalhadores a alterar a estratégia.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz (PDT), também defendeu, em audiência no Senado, a instauração do inquérito.

Para o Palácio do Planalto, a CPI – ou CPMI – só faz sentido se o escopo da investigação incluir o governo de Jair Bolsonaro (PL). Segundo apurações da Controladoria-Geral da União e da Polícia Federal, os contratos fraudulentos no INSS teriam começado em 2019, durante a gestão do ex-capitão.

A formação de uma CPMI leva em consideração o tamanho das bancadas e, dessa forma, os governistas teriam o direito de escolha da presidência e da relatoria. A deputada Tabata Amaral (PSB-SP) foi cogitada como relatora. Contudo, assessores da congressista avaliam que ela estará sobrecarregada com a presidência da comissão especial do Plano Nacional de Educação 2024-2034 (PL 2614/24), sua principal prioridade legislativa até o segundo semestre.

Fonte: Carta Capital

Ative nossas Notificações

Ative nossas Notificações

Fique por dentro das últimas notícias em tempo real!

Utilizamos cookies como explicado em nossa Política de Privacidade, ao continuar em nosso site você aceita tais condições.