O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aumentou em R$ 16,7 bilhões as projeções de gastos com a Previdência em 2025. A equipe econômica prevê que os desembolvos com a área alcancem R$ 1,032 trilhão. O Orçamento estabelecia despesas de R$ 1,015 trilhão.
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As informações constam do Relatório Bimestral de Receitas e Despesas, publicado nesta quinta-feira (22.mai.2025). O documento é elaborado pelos Ministérios da Fazenda e do Planejamento e Orçamento. Trata-se da primeira edição da publicação em 2025.
Economistas já previam que a Previdência apresentava valores subestimados no Orçamento Anual. É uma prática habitual na elaboração de projeções para as contas.
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Conforme evidenciado pelo Poder360, as despesas com a Previdência representam uma “bomba-relógio”. Em dado momento, o governo não conseguirá mais sustentar o financiamento. Especialistas apontam que será imprescindível implementar uma nova reforma no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
Revisão dos gastos
O governo elevou a projeção para as despesas primárias de R$ 2,390 trilhões para R$ 2,415 trilhões. A variação, quando calculada com casas decimais, totaliza R$ 25,8 bilhões. A Previdência Social foi o principal item de aumento, representando 65% de toda a revisão de gastos.
A projeção dos gastos obrigatórios aumentou de R$ 2,169 trilhões para R$ 2,204 trilhões, representando um acréscimo de R$ 36,4 bilhões.
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As despesas discricionárias do Poder Executivo, após o bloqueio, reduziram-se de R$ 221,1 bilhões para R$ 210,6 bilhões, representando uma queda de R$ 10,6 bilhões.
O BPC (Benefício de Prestações Continuadas) terá um custo de R$ 121,8 bilhões, conforme estimativa da equipe econômica. A projeção na LOA (Lei Orçamentária Anual) era de R$ 119,1 bilhões. A diferença é de R$ 2,8 bilhões.
Os gastos com abono e seguro-desemprego totalizarão R$ 88,6 bilhões, o que representa um aumento de R$ 500 milhões em relação à estimativa inicial.
Receitas primárias
A projeção de receita primária caiu de R$ 2,93 trilhões na LOA de 2025 para R$ 2,899 trilhões no relatório mais recente do governo. Isso representa uma defasagem de R$ 31,8 bilhões na arrecadação tributária.
Fonte: Poder 360