Governo Milei eleva a contribuição previdenciária dos clubes de futebol argentinos
A taxa aumenta de 7,5% para 13,06% a partir de agosto, com adicional temporário que elevará a alíquota no próximo ano fiscal.

A AFA (Associação Argentina de Futebol) e seus clubes associados deverão pagar maiores contribuições previdenciárias a partir de agosto de 2025. O governo argentino determinou na segunda-feira (28.jul.2025) o aumento da alíquota de 7,5% para 13,06%, com acréscimo temporário de 5,56% pelos próximos 12 meses.
Federico Sturzenegger, ministro da Desregulamentação e Transformação do Estado, comunicou a decisão em suas redes sociais. Ele explicou que a mudança visa equilibrar as contas do sistema previdenciário argentino.
Entre novembro de 2023 (data da última revisão tarifária) e abril de 2024, o sistema apresentou um déficit de 7 bilhões [de pesos argentinos, aproximadamente US$ 5,3 milhões], afirmou o ministro. Na mesma publicação, o ministro criticou veementemente o setor: “Custos distribuídos e invisíveis que financiam benefícios concentrados é a fórmula típica da casta sindical e empresarial que, com seus aliados políticos, empobreceu o povo argentino”.
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Fede Sturzenegger (@fedesturze) 28 de julho de 2025
A nova regulamentação impacta diretamente todos os clubes de futebol associados à AFA, que deverão ajustar seus orçamentos para acomodar o incremento nas contribuições a partir do próximo mês.
O presidente argentino, Javier Milei (La Libertad Avanza, direita), tem realizado críticas constantes à gestão da AFA. Em junho de 2025, após a eliminação do Boca Juniors e do River Plate na primeira fase da Copa do Mundo de Clubes, ele classificou a administração do presidente da organização, Claudio Tapia, como um “fracasso”. Em outubro de 2024, Milei comparou Tapia, que representa a Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) na Fifa (Federação Internacional de Futebol) desde maio de 2025, ao presidente venezuelano Nicolás Maduro (Partido Socialista Unido da Venezuela, esquerda), afirmando que a AFA está “em uma situação absolutamente irregular”.
A AFA se manifestou em nota contra a medida. A organização apresentou ao governo uma proposta de reforma do regime previdenciário do setor esportivo, fundamentada em dados da Administração Federal de Ingressos Públicos (AFIP) e da Agência de Arrecadação da Província de Buenos Aires (ARBA), que previa o pagamento de contribuições por cada clube. A proposta, segundo a AFA, possibilitaria maior controle sobre as folhas salariais e aumentaria os repasses ao sistema, porém não obteve resposta oficial.
A associação também critica o aumento adicional de 5,56% sobre dívidas anteriores, alegando a ausência de justificativa e a falta de contrapartidas. A entidade defende o modelo atual de clubes como associações civis sem fins lucrativos e considera a medida como uma tentativa do governo de forçar a adoção das Sociedades Anônimas Desportivas (SADs). “O que interessa ao governo é afogar os clubes para forçá-los a aceitar a constituição das SADs”, declarou.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Redação ZéNewsAi
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