O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na quinta-feira (24.jul.2025) que o “cardápio” de medidas para atenuar os impactos da política dos Estados Unidos compreende ações de estímulo ao crédito. A apresentação será realizada na próxima semana, mas declarou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda avaliará a viabilidade, o momento e a abrangência do pacote.
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“Existem propostas de todos os tipos, inclusive de linha de crédito”, declarou Haddad em entrevista à Rádio Itatiaia. Ele não especificou as medidas, mas assegurou que o trabalho técnico foi concluído e que a decisão política cabe agora. “Eu devo respeitar a decisão do presidente da República”, afirmou.
Um dos obstáculos reside nos contratos já celebrados entre as empresas dos EUA e do Brasil para o transporte de produtos após a aplicação da taxa de 50%. A situação gera incerteza jurídica e o governo Lula buscou a OMC para mediar as negociações.
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“O próprio Estado brasileiro já recorreu à OMC e pode recorrer fazendo cumprir a lei”, disse Haddad.
O ministro afirmou que algumas empresas ingressaram com ações judiciais nos EUA, incluindo empresas norte-americanas, devido ao desejo de “honrar os contratos”. Ele citou empresas de suco de laranja dos Estados Unidos, que não dispõem de matérias-primas para produção e possuem contratos assinados com o Brasil.
Os Estados Unidos da América defenderam, durante 200 anos, a bandeira do cumprimento e respeito aos contratos. E os contratos não estão sendo respeitados. A Embraer tem encomendas de aviões e aeronaves [para os EUA], afirmou Haddad.
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), declarou uma alíquota de 50% sobre mercadorias brasileiras exportadas para o território americano. A ação começará a valer em 1º de agosto.
Haddad instruiu as empresas a busquem garantia junto à Justiça dos Estados Unidos em relação à tributação.
Fonte por: Poder 360