Governo reduziu orçamento em R$ 52 bilhões devido a previsão de déficit

O governo federal revisou a projeção de déficit das contas públicas em 2025 para R$ 51,7 bilhões. A estimativa do Orçamento era de um superávit de R$ 14,6 bilhões para o cumprimento da meta fiscal. Assim, a expectativa agora é que haja um resultado negativo.

O crescimento da projeção motivou o governo a reduzir em R$ 20,7 bilhões os gastos. Dessa forma, a estimativa do déficit elevou-se para R$ 31,0 bilhões – correspondente à mínima estabelecida para a meta fiscal.

Funciona daquela forma.

As informações estão contidas no Relatório Bimestral de Receitas e Despesas, publicado nesta quinta-feira (22.mai.2025). O documento é elaborado pelos Ministérios da Fazenda e do Planejamento e Orçamento. Trata-se da primeira edição da publicação em 2025.

O primeiro relatório bimestral deveria ter sido elaborado em março, porém a votação tardia da Lei Orçamentária Anual adiou sua publicação.

Inicialmente, os dados indicam que a equipe econômica de Lula manterá o foco nos objetivos fiscais devido à tolerância. Essa foi uma tendência durante o ano de 2024. Economistas já observavam que a meta de superávit de R$ 14,6 bilhões era distante da realidade.

O valor indicado para as contas representa a diferença entre as receitas e as despesas públicas. O déficit é registrado quando há gastos superiores à arrecadação — as contas fecham com saldo negativo. Em contrapartida, identifica-se o superávit quando a arrecadação excede os gastos.

A nova projeção permanece dentro do limite estabelecido pela meta fiscal para o ano. O governo pretende que as despesas em 2025 correspondam às suas receitas. almeja um resultado com déficit nulo.

A decisão judicial favorável eleva o valor da indenização.

O rombo de 51,7 bilhões não inclui os gastos com precatórios – dívidas do Poder Executivo com sentenças judiciais sem a possibilidade de recurso.

Com essas despesas, o déficit alcança R$ 97,0 bilhões. Contudo, essas cifras excedem os limites estabelecidos para o marco fiscal de 2025, o que impede o cumprimento da meta.

Fonte: Poder 360