Mais de 44 mil imóveis na Grande São Paulo sem energia após fortes temporais. Chuvas intensas e padrão climático preocupam especialistas. Redes elétricas e arborização urbana são foco de atenção
Após fortes chuvas que persistiram desde ontem, mais de 44 mil imóveis na região da Grande São Paulo estão sem energia elétrica. Os temporais intensos que têm atingido diversas cidades brasileiras não são apenas eventos isolados, mas sim parte de um padrão climático que deverá se repetir com maior frequência nas próximas décadas, conforme apontam estudos.
O aumento da temperatura média global está alterando a dinâmica da atmosfera, criando condições que favorecem chuvas mais intensas e ventos mais fortes. A explicação reside em princípios físicos: um ar mais quente consegue reter mais umidade – cerca de 7% a mais para cada grau de aquecimento.
Esse excesso de umidade serve como combustível para as tempestades, elevando o risco de eventos extremos em áreas urbanas densamente povoadas.
Um dos principais problemas é a infraestrutura elétrica das cidades brasileiras, que não foi projetada para lidar com essa nova realidade. Redes aéreas antigas, expostas a ventos fortes e à queda de árvores, tornam-se pontos vulneráveis durante os temporais.
Isso resulta em apagões recorrentes, prejuízos econômicos e impactos diretos em serviços essenciais, como hospitais, transporte e o abastecimento de água.
Para mitigar esse risco, especialistas defendem planejamento e adaptação. O primeiro passo é mapear os trechos mais afetados por quedas de energia e priorizar áreas estratégicas. Corredores de serviços essenciais precisam de redes mais resilientes, capazes de responder rapidamente após eventos extremos.
Outro ponto crucial é a gestão da arborização urbana. Árvores são fundamentais para o conforto térmico e a qualidade ambiental das cidades, mas precisam ser planejadas. A escolha de espécies adequadas e a realização de podas técnicas periódicas reduzem o conflito entre copas e fiação elétrica, sem recorrer a cortes indiscriminados.
Em regiões mais vulneráveis, a modernização da rede é inevitável. Cabos mais resistentes, sistemas automatizados de religamento e, em trechos estratégicos, a instalação de fiação subterrânea ajudam a reduzir o tempo de interrupção após tempestades.
Cidades que investiram nessas soluções conseguiram diminuir significativamente o número de apagões associados a eventos climáticos extremos.
A frequência maior de temporais não é uma mera possibilidade, mas uma realidade em curso. O desafio central deixou de ser se as tempestades vão acontecer. O desafio agora é se as cidades estão se adaptando com a rapidez necessária para manter serviços básicos funcionando em um clima cada vez mais instável.
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