A Polícia Federal, em colaboração com a Caixa Econômica Federal e outras instituições financeiras, iniciou na manhã desta terça-feira (29/4) a Operação Mandacaru, visando desmantelar uma organização criminosa especializada em fraudes bancárias eletrônicas, com foco inicial no recebimento indevido do Auxílio Emergencial. A análise bancária conduzida pela Polícia Federal identificou que o grupo criminoso movimentou cerca de R$ 25 milhões em operações suspeitas.
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As investigações, iniciadas em 2020, decorreram da prisão em flagrante de três pessoas no município de Crateús (CE), com apreensão de celulares, notebooks, cartões bancários e chips de operadoras, utilizados na prática de fraudes.
Foram detectados mais de 70 processos de contestação referentes a fraudes bancárias eletrônicas, majoritariamente contra a Caixa, com um prejuízo estimado em R$ 224 mil. Adicionalmente, constataram-se pagamentos de boletos fraudulentos no valor de R$ 321.867,32, o que elevou o total de fraudes identificadas a aproximadamente R$ 546.551,45.
As investigações demonstraram um esquema complexo de coleta de dados pessoais de vítimas, abertura de contas digitais em nome de terceiros e efetuação de transferências fraudulentas. Com base na quebra de sigilos bancário e telimático, foi possível confirmar a existência da organização criminosa, que, após o encerramento do Auxílio Emergencial, ampliou suas atividades ilícitas para outras modalidades de fraude.
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Os envolvidos principais foram identificados como autores das fraudes e recrutadores de contas bancárias. Indivíduos próximos e familiares eram utilizados como “laranjas” para obscurecer a identificação dos beneficiários efetivos.
Nesta etapa da operação, estão sendo cumpridos seis mandados de prisão preventiva, 17 de busca e apreensão e oito de bloqueio de bens, todos expedidos pela Justiça Federal no Ceará.
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A operação recebeu o nome de Mandacaru em referência à planta típica da região Nordeste, símbolo de resistência e adaptação, refletindo o esforço contínuo da Polícia Federal no combate a fraudes e na proteção dos recursos públicos.
Fonte: Metrópoles