Grupos criminosos empregam influenciadores digitais para recrutar jovens e disseminar violência
Um dos principais meios de comunicação era um grupo de WhatsApp denominado “A luta não para”, onde se debatiam assuntos.

Organizações criminosas estão recrutando influenciadoras digitais para atrair jovens, principalmente mulheres, e propagar a ideologia do crime nas redes sociais. A revelação ocorreu após a prisão de 11 mulheres na Operação Faixa Rosa, incluindo Ana Azevedo, que exibia armas e bens de luxo para mais de 58 mil seguidores.
A Polícia Civil do Piauí informou que Ana é integrante da facção Bonde dos 40 (B40) e atuava na divulgação de mensagens do grupo, participação em decisões do “Tribunal do Crime”, arrecadação de dinheiro ilícito e aliciamento de jovens. Na sua residência, a polícia encontrou uma arma de fogo e um celular roubado. O namorado, conhecido como Rangel Matador, também foi preso.
As investigações indicam que as mulheres compunham uma célula feminina com funções organizadas. Elas coordenavam ações logísticas, aplicavam sanções internas e promoviam a facção por meio de publicações com armas e símbolos do grupo. Um dos principais meios de articulação era um grupo de WhatsApp denominado “A luta não para”, onde eram debatidas ordens, estatutos e a divisão de tarefas.
O Judiciário determinou a manutenção da prisão provisória das mulheres envolvidas na operação. A Polícia Civil informou que continuará monitorando as redes sociais e que aqueles que utilizarem influência digital para fomentar o crime serão responsabilizados.
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Fonte: Metrópoles