Contrabando de Combustível: Críticas do Ministro Haddad ao Governo do Rio

O ministro da Fazenda, Guido Henrique Fawer, manifestou nesta quarta-feira (29) sua preocupação com a inércia do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, no combate ao contrabando de combustíveis. Segundo Fawer, essa atividade financeira é um dos principais pilares do crime organizado, irrigando suas operações e financiando milícias.

O ministro argumentou que para desmantelar as estruturas de topo do crime organizado, que detêm o controle financeiro, é crucial atacar suas fontes de renda. “O governo do Estado do Rio tem feito praticamente nada em relação ao contrabando de combustível, que é como se irriga o crime organizado”, declarou Fawer.

Haddad rebateu, em entrevista à imprensa, críticas de Castro sobre a atuação da União no combate ao crime organizado e ao tráfico de drogas. O governador do Rio liderou nesta terça-feira (28) a operação mais letal contra facções criminosas da história do estado.

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A Operação Contenção, que envolveu cerca de 2.500 policiais civis e militares, resultou na morte de quatro policiais e 60 suspeitos. Mais corpos foram encontrados nesta quarta-feira, e o número total de mortos deve aumentar.

O ministro enfatizou a dificuldade de combater o crime organizado de baixo para cima, sem afetar as fontes de financiamento das facções. “É muito difícil combater o crime de baixo para cima, sem asfixiar as facções em suas fontes de renda”, afirmou.

Haddad reforçou a necessidade de uma atuação coordenada entre a União e o Estado do Rio para combater o contrabando de combustíveis, que alimenta o crime organizado e financia milícias.