Habitação, saúde e vestuário: os itens que contribuíram para o aumento da inflação em maio
A habitação exerceu o maior impacto sobre o IPCA em maio, impulsionada pelo ajuste nas tarifas de energia elétrica.

Habitação, saúde e vestuário puxaram a alta de 0,26% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em maio, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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O grupo habitacional registrou o maior crescimento entre abril e maio, com variação de 1,19%, e exerceu o maior impacto na inflação de maio, com 0,18 ponto percentual. Os gastos domésticos foram impulsionados pelo aumento da energia elétrica residencial.
Registrou-se ajuste nos preços da energia elétrica nas cidades analisadas: Recife (3,33%), Aracaju (6,99%), Salvador (2,07%), Belo Horizonte (7,36%) e Campo Grande (0,91%).
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Adicionalmente à revisão em determinadas áreas investigadas e ao incremento nas alíquotas de PIS/Cofins, estava em vigor durante o mês de maio a bandeira tarifária amarela, com incidência de R$ 1,885 na conta de luz a cada 100 quilowatts-hora consumidos, conforme declarado pelo pesquisador do IBGE Fernando Gonçalves em comunicado à imprensa.
A situação tende a se agravar em junho, pois a bandeira atingirá o patamar 1, com adição de R$ 4,46 por cada 100 kWh utilizados.
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Além disso, a inflação de maio aumentou os gastos com saúde e as despesas pessoais. Os produtos farmacêuticos registraram alta de 0,69% na comparação mensal, devido à autorização do reajuste de até 5,09% nos preços dos medicamentos, a partir de 31 de março, e da valorização dos planos de saúde (0,57%).
No setor de vestuário (0,41%), destacam-se os aumentos na roupa feminina (0,84%), na roupa masculina (0,10%) e em calçados e acessórios (0,10%).
Observa-se os maiores incrementos registrados em produtos não alimentícios.
O setor de alimentos e bebidas desacelerou o crescimento para 0,17%, em comparação com 0,82% em abril, representando a menor variação mensal desde agosto de 2024.
A alimentação em domicílio registrou alta de 0,83% em abril, caindo para 0,02% em maio, acompanhada de quedas nos preços de tomate (-13,52%), arroz (-4,00%), ovo de galinha (-3,98%) e frutas (-1,67%).
A redução nos preços do tomate pode ser atribuída ao incremento da oferta, decorrente do desenvolvimento da colheita de inverno, afirmou o gerente da pesquisa, Fernando Gonçalves.
Entre as variações significativas registradas no grupo, destacam-se:
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Fonte por: CNN Brasil