Hábitos que prejudicam a audição: Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez alerta população

Em 11 de outubro, comemora-se o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez, destacando a importância dos cuidados com a saúde auditiva e alertando sobre hábit…

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(Imagem de reprodução da internet).

Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez

No dia 11 de outubro, é comemorado o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez, uma data que enfatiza a relevância dos cuidados com a saúde auditiva. A campanha visa alertar a população sobre hábitos cotidianos que, embora pareçam inofensivos, podem causar danos progressivos à audição ao longo do tempo.

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Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 1,5 bilhão de pessoas, cerca de 20% da população mundial, convivem com algum nível de perda auditiva, sendo que 430 milhões apresentam deficiência incapacitante. A previsão é que, até 2050, mais de 700 milhões de indivíduos enfrentem perda auditiva severa.

No Brasil, um estudo da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp revelou que, na Região Metropolitana de Campinas (RMC), aproximadamente 124 mil pessoas têm deficiência auditiva, o que representa 4,43% da população local.

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Hábitos que prejudicam a audição

Henrique Gobbo, otorrinolaringologista do Vera Cruz Hospital em Campinas (SP), alerta que a perda auditiva induzida por ruído é irreversível. “A exposição prolongada a sons altos pode causar danos permanentes às células auditivas. O uso inadequado de cotonetes ou objetos para limpar os ouvidos também é prejudicial, pois pode ferir o canal e empurrar a cera para dentro”, explica.

Além disso, o tabagismo, o consumo excessivo de álcool e o uso de certos medicamentos sem orientação médica podem impactar a audição a longo prazo. O médico ressalta que o uso de fones de ouvido deve ser moderado, pois o volume e o tempo de exposição podem ser difíceis de perceber. “A recomendação é seguir a regra do 60-60: volume até 60% da capacidade máxima, por no máximo 60 minutos, com pausas”, detalha.

Cuidados auditivos em diferentes fases da vida

Henrique Gobbo sugere que a audiometria seja realizada pelo menos uma vez na vida adulta e que o exame seja repetido periodicamente para pessoas com fatores de risco, como exposição a ruídos ou histórico familiar. As crianças devem passar pelo teste da orelhinha ao nascer e por avaliações regulares. Os idosos necessitam de diagnóstico precoce e acompanhamento contínuo, pois a perda auditiva não tratada pode resultar em isolamento social e acelerar o declínio cognitivo.

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Sinais que requerem avaliação médica

É importante estar atento a sinais que demandam avaliação médica imediata, pois podem indicar problemas auditivos. Henrique Gobbo lista alguns deles:

“Ao notar qualquer um desses sinais, é essencial procurar um otorrinolaringologista ou realizar uma avaliação com um fonoaudiólogo”, conclui.

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