Haddad apresenta plano para reformar bancos multilaterais e liberar US$ 1,3 tri em financiamento climático na pré-COP30
Ministro da Fazenda coordena iniciativa inédita com 35 países e defende agilidade dos bancos para liberar US$ 1,3 tri em financiamento climático.

Ministro da Fazenda apresenta prioridades para financiamento climático
Em Brasília, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelou nesta segunda-feira, 13, cinco prioridades estratégicas para aumentar o financiamento climático em países em desenvolvimento. A declaração ocorreu durante a abertura da Pré-COP30, a última reunião ministerial antes da conferência principal, que será realizada a partir de 6 de novembro em Belém.
Haddad enfatizou que, “Às vésperas da COP30, levamos a Belém uma mensagem clara: há um caminho comum sendo construído, com ambição e realismo, para que as finanças sirvam à transformação ecológica que o mundo exige”. Sua presença foi aguardada e confirmada apenas na noite de domingo, 12.
Círculo de Ministros de Finanças
O ministro lidera o Círculo de Ministros de Finanças, uma iniciativa inédita da presidência brasileira da COP30, que visa discutir mecanismos financeiros voltados ao clima. Desde abril, o Círculo atuou como uma plataforma de consultas regulares, envolvendo ministérios da Fazenda, bancos multilaterais, sociedade civil, setor privado e organismos internacionais.
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De acordo com Haddad, foram realizadas mais de 25 consultas formais, apoiadas por três grupos consultivos que forneceram orientação técnica, alinharam estratégias de investimento e garantiram a inclusão de diversas perspectivas na governança do financiamento climático.
Prioridades do financiamento climático
O relatório que apresenta as cinco prioridades consolida mais de 1.200 contribuições de países e instituições coletadas ao longo do ano. Uma das prioridades é aumentar os fluxos de financiamento concessional e os fundos climáticos, com previsibilidade e condições adequadas, especialmente para adaptação e transição justa.
Outra frente importante é a reforma dos bancos multilaterais de desenvolvimento, tornando-os mais ágeis e integrados, capazes de catalisar capital privado. O documento também sugere fortalecer as capacidades locais e as plataformas nacionais, ampliando a coordenação institucional e a atratividade de investimentos sustentáveis.
Iniciativas para a Agenda de Ação
Fernando Haddad destacou três iniciativas para a Agenda de Ação da COP30. A primeira é o Fundo Florestas Tropicais para Sempre, que propõe um modelo baseado em investimento, em vez de doações. A segunda é a Coalizão Aberta para Integração dos Mercados de Carbono, que visa a harmonização dos mercados regulados.
A terceira iniciativa é a Supertaxonomia, que busca assegurar comparabilidade e integridade entre taxonomias nacionais, orientando investimentos sustentáveis. “Essas iniciativas traduzem, de forma prática, o que o Círculo tem defendido: cooperação, inovação e escala para transformar ambição em resultados concretos”, afirmou o ministro.
Apresentação do relatório e participação na Pré-COP
O relatório final será apresentado em Washington durante os Encontros Anuais do Banco Mundial e do FMI. Em seguida, será debatido em São Paulo no início de novembro, antes de ser formalmente entregue ao presidente da COP em Belém, contribuindo para o Mapa do Caminho de Baku a Belém, que visa US$ 1,3 trilhão em financiamento climático até 2035.
A Pré-COP de Brasília conta com delegações de 66 países e mais de 500 participantes, incluindo ministros, negociadores, representantes da sociedade civil e jornalistas. Embora a presidência brasileira tenha anunciado 72 delegações, o número efetivo de países presentes foi de 66, incluindo nações-chave nas negociações climáticas, como China, Índia, União Europeia, Reino Unido e Austrália.
Além do financiamento climático, também serão discutidos indicadores globais para medir a adaptação climática, o programa de trabalho de transição justa e a implementação do Balanço Global, que reúne decisões da COP28, realizada em Dubai em 2023.
Autor(a):
Redação ZéNewsAi
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