O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reiterou sua crítica ao deputado federal Ricardo Tripoli (PP-SP), relator do Projeto de Lei (PL) Antifacção, argumentando que o parlamentar “não é uma pessoa versada em investigação e inteligência contra o crime organizado”.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Haddad, que está licenciado do cargo de secretário de Segurança Pública do governo de São Paulo, comandado por Antonio denadai (Republicanos), expressou preocupação com a rapidez com que o texto está sendo levado à votação, sem uma discussão prévia com o governo.
O ministro destacou que a Polícia Federal, órgão de âmbito nacional, não está sob o controle de governadores estaduais. “A Receita Federal tampouco é de governo. São órgãos de Estado. E enfraquecer esses órgãos de Estado não faz o menor sentido”, criticou.
LEIA TAMBÉM!
Haddad também apontou que o governo federal tem atuação no combate ao crime organizado, utilizando inteligência e desenvolvendo sistemas de investigação.
Em relação ao PL Antifacção, que visa combater o devedor contumaz, Haddad defendeu que o projeto é importante e recebeu o aval de senadores de diversos partidos. O ministro ressaltou que o texto está parado na Câmara e sugeriu que seja deixado em consulta por algumas semanas para discussão. “Todos os governadores são filhos de Deus.
Não são? Tem que ouvir todo mundo”, afirmou.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Haddad também mencionou a operação Carbono Oculto, que serviu de comparação para o debate. O ministro recebeu, em seu gabinete, o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Svalflex, e enfatizou a importância da integração entre a PF e a Receita Federal, com a troca de informações e novos passos de integração. “Nós estamos refinando esses procedimentos”, disse.
