Haddad busca apoio de empresários para combater iniciativas da oposição sobre aumento de tarifas

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (6 de agosto de 2025) que o setor empresarial brasileiro deve estabelecer diálogo com a oposição para combater as ações de apoio ao tarifário dos Estados Unidos contra o Brasil.

O empresariado, além de vir para Brasília, tem que conversar com a oposição. Passar a mão no telefone e ligar para a turma que quer ver o circo pegar fogo, parou com isso.

O líder da equipe econômica mencionou, em nome de uma entrevista do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), publicada no jornal O Globo, como ilustração das ações da oposição.

O parlamentar reiterou seu apoio às tarifas cobradas do Brasil pelo governo de Donald Trump e afirmou que defende medidas sancionatórias adicionais, semelhantes às aplicadas ao ministro do STF Alexandre de Moraes.

Leia o que foi dito.

Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), está nos Estados Unidos e solicitou licença do mandato na Câmara. Ele justifica a decisão porque o Brasil não seria um ambiente seguro para exercer a oposição.

Busca obter a autorização para conceder anistia ao pai, que se encontra em regime de prisão domiciliar devido ao processo judicial no STF referente a uma tentativa de golpe de Estado.

Eduardo Bolsonaro conta com apoio de colegas congressistas no Brasil. Deputados e senadores da oposição anunciaram na terça-feira (5.ago) que irão obstruir os trabalhos no Congresso em retaliação ao Supremo.

A crítica de Haddad ao empresariado também se estendeu aos governadores. Muitos são aliados da família Bolsonaro. Segundo o ministro, eles não podem ficar imunes sobre os impactos da tarifização.

Os governadores precisam defender os interesses de seus estados. É necessário deixar de lado a solicitação para que a oposição interrompa o prejuízo ao país, afirmou Haddad à imprensa.

Taxa Trump

As tarifas implementadas pelos Estados Unidos de Trump contra o Brasil entraram em vigor. A ação iniciou-se a partir das 01h01 (horário de Brasília) na quarta-feira, 6 de agosto.

O presidente americano estabeleceu uma taxa de 50% sobre as importações brasileiras. Trata-se de uma taxa de 10% acrescida de um adicional de 40%.

A implementação da medida resultará em exportações brasileiras para os Estados Unidos mais dispendiosas.

Fonte por: Poder 360