Haddad busca discutir a questão da lei aplicada contra Moraes com o secretário de Trump
O ministro da Fazenda manifesta intenção de dialogar com o secretário do Tesouro dos EUA na próxima semana em relação à Lei Magnitsky.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que tem a intenção de dialogar com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, na semana seguinte para aprofundar o entendimento sobre o funcionamento do sistema judiciário brasileiro. Considerou a reunião com o representante americano como de grande relevância para discutir a Lei Magnitsky, instrumento empregado para aplicar sanções a autoridades estrangeiras acusadas de infringir direitos humanos.
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Segundo Haddad, há muita desinformação sobre o tema. Na quarta-feira (30.jul), o governo dos Estados Unidos anunciou a inclusão de Moraes na lei. A decisão foi publicada pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Tesouro norte-americano. Segue a íntegra do comunicado (PDF – 187 kB).
Moraes “utilizou seu cargo para autorizar detenções arbitrárias preventivas e suprimir a liberdade de expressão”. O comunicado cita uma fala do secretário do Tesouro norte-americano. “Alexandre de Moraes assumiu a responsabilidade de ser juiz e júri em uma caça às bruxas ilegal contra cidadãos e empresas americanas e brasileiras”, declarou.
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Bessent afirma que Moraes é responsável por “uma campanha opressiva de censura, detenções arbitrárias que violam os direitos humanos e processos politizados — inclusive contra o ex-presidente Jair Bolsonaro”.
Nos EUA, o Secretário do Tesouro exerce função equivalente ao ministro da Fazenda no Brasil. “Está sob a alçada do Secretário do Tesouro a lei que disciplina essa questão de contas correntes, de autoridades e tudo mais. Então, por essa razão, vale a pena uma conversa com o Bessent antes”, declarou Haddad em entrevista a jornalistas, no edifício-sede da Fazenda.
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Haddad também dialogará com Bessent em relação à tarifa norte-americana sobre produtos brasileiros. Um total de 694 produtos brasileiros foram isentos da taxa de 50%. No entanto, itens como café, frutas e carnes continuam sujeitos ao percentual mais elevado, que entrará em vigor em 7 de agosto.
Haddad espera uma reunião mais extensa e concentrada na decisão de Trump em relação aos produtos brasileiros, considerando a possibilidade de ser presencial.
O líder da equipe econômica de Lula se encontrou, pela primeira vez, com o ministro responsável pela área nos Estados Unidos em 4 de maio e já discutiu tarifas americanas sobre produtos brasileiros.
Fonte por: Poder 360