Haddad busca parceria com os EUA, porém não como uma colônia

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, argumentou na segunda-feira (4.ago.2025) que o Brasil deve intensificar a cooperação comercial com os Estados Unidos. Afirmou ser fundamental atrair “investimentos estratégicos” desse país.

Ele afirmou que não há razão para se distanciar de um parceiro comercial com mais de 200 anos. Haddad, contudo, declarou que o Brasil não está tão dependente dos EUA.

Ele declarou, contudo, que o Brasil demonstra vontade de parceria com o país americano “não sob a condição de satélite ou colônia”. O ministro defendeu o multilateralismo.

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“Somos um país grande demais para servir de satélite de uma economia, seja a asiática, a europeia ou a dos Estados Unidos. Precisamos diversificar cada vez mais”, declarou em entrevista à BandNews.

A declaração de Haddad ocorre na semana em que a taxa adicional de 40% dos EUA sobre produtos brasileiros começará. Espera-se que as tarifas entrem em vigor em 6 de agosto.

Em 2024, o Brasil exportou 40,4 bilhões de dólares para os Estados Unidos, o que correspondeu a 12% do total das exportações no ano anterior.

Mercadorias

Haddad declarou que produtos como café e carne que seguem para os Estados Unidos encontrarão “outras praças”.

A carne, você redireciona. O café, você redireciona. A demanda por café no mundo está crescente. Não compreendi a manutenção do café na lista de 50% porque vai encarecer o café para o consumidor dos EUA. Isso já está sendo sentido lá e vai piorar a situação do consumidor de lá em virtude de quem vai pagar a taxa é ele. Quem vai ser taxado é ele.

Haddad indicou que 1/3 das exportações para os EUA no ano anterior está sujeita à taxa adicional de 40% e que uma parcela disso será direcionada a “outros destinos”.

O Brasil não enfrentará dificuldades em direcionar essas commodities para outros mercados comerciais, acrescentou.

Fonte por: Poder 360