O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, recolhe-se às férias nesta segunda-feira (16.jun.2025) – no mesmo dia em que a Câmara vota o requerimento de urgência do projeto de decreto legislativo que revoga o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Haddad retorna ao trabalho em 22 de junho. O secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan, assume interinamente a direção do ministério.
As férias haviam sido inicialmente agendadas para os dias 11 a 20 de julho. A alteração nas datas foi divulgada no Diário Oficial da União em 5 de junho. Segue a íntegra do documento (PDF – 75 kB).
LEIA TAMBÉM!
O projeto enfrenta bloqueio no Congresso.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), destacou a urgência após críticas da MP articulada por Haddad, divulgada na quarta-feira (11.jun), que eleva impostos sobre investimentos atualmente isentos, como a LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) e a LCI (Letra de Crédito Imobiliário).
Ademais da MP, o Ministério da Fazenda divulgou decreto que aumenta alíquotas do IOF. As ações foram anunciadas após reunião da equipe econômica com líderes partidários, realizada na sede oficial da Câmara em 8 de junho. Inicialmente, havia apoio da liderança do Congresso. Contudo, o cenário se agravou nos dias subsequentes.
O que anteriormente Motta classificou como uma “reunião histórica” passou a ser visto como um “projeto político”. Na quarta-feira (11.jun), o deputado afirmou que não foi eleito presidente da Câmara para “servir ao projeto político de ninguém”.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Apesar das críticas, Haddad adotou uma postura conciliatória e declarou que a atitude de Motta revela “prudência”. Entre as medidas apresentadas pelo governo, destacam-se a diminuição das alíquotas sobre o risco de crédito e a adaptação das normas de isenção para a previdência privada.
Prevê-se que o novo decreto gere uma arrecadação adicional de 6 bilhões a 7 bilhões de reais em 2025.
Fonte por: Poder 360