Haddad menciona data centers em acordos com EUA
O ministro afirma que o grande potencial de energia limpa do Brasil pode beneficiar a instalação de data centers; assunto está presente no debate sobre …

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na segunda-feira (4.ago.2025) que o Brasil possui condições de se tornar um polo de atração para investimentos americanos em data centers. O setor, segundo ele, pode se beneficiar da vasta disponibilidade de energia limpa no país, notadamente solar e eólica.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Temos atualmente o maior potencial, em termos de custo-benefício, de produção de energia eólica e solar, que é a energia que irá abastecer os data centers, inclusive no Brasil.
O setor de data centers é um dos exemplos mencionados por Haddad em que Brasil e Estados Unidos podem debater nas negociações sobre a tarifa imposta pelo presidente norte-americano, Donald Trump (Partido Republicano), sobre as importações brasileiras.
LEIA TAMBÉM:
● Corinthians e Nike estendem parceria até o ano de 2035
● Departamento de Estado dos EUA impede entrada de atletas trans que disputam em competições como atletas transgêneros
● Michelle, enteada e filha, são as únicas pessoas que dependem de Moraes para estar com Bolsonaro
Haddad informou que uma reunião com o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, está prevista para esta semana. Ele afirmou não trabalhar com prazos finais e que não aceitará assinar um acordo somente seguindo os modelos sugeridos por Washington.
Soberania sobre dados sensíveis.
Haddad também ressaltou a importância estratégica de assegurar os dados sensíveis dentro do território nacional. “60% dos dados estão sendo enviados para fora para serem processados lá. Precisamos ter capacidade de processamento aqui por uma questão de soberania nacional. Precisamos, sobretudo, em relação a dados sensíveis, que são dados da Receita Federal, dos bancos, da saúde pública e do SUS”, afirmou.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O ministro declarou que a diversificação de parceiros econômicos é essencial e reiterou a intenção do governo de atrair investimentos dos Estados Unidos.
A variedade de setores em que o Brasil busca uma parceria com os Estados Unidos é vasta. Ademais, não desejamos que somente a China, ou agora a União Europeia, invista no país. Queremos que os Estados Unidos também invistam. Somos um país grande demais para servir de satélite de um bloco econômico, seja asiático, europeu ou americano. Precisamos diversificar cada vez mais.
Terras Raras
Haddad, na entrevista, argumentou pela necessidade de investimentos estratégicos nos Estados Unidos na exploração de terras raras, componentes essenciais em tecnologias avançadas, incluindo semicondutores, equipamentos militares e baterias para veículos elétricos.
Ele afirmou que não há razão para se distanciar de um parceiro comercial com mais de 200 anos. Haddad, contudo, declarou que o Brasil não está “tão dependente” dos EUA.
Ele declarou, contudo, que o Brasil demonstra vontade de parceria com o país americano “não sob a condição de satélite ou colônia”. O ministro se manifestou em favor do multilateralismo.
Fonte por: Poder 360