Hamas ficará de fora do futuro governo após a guerra; troca de prisioneiros começa na segunda-feira (13)
A troca de prisioneiros palestinos por reféns israelenses terá início na manhã de segunda-feira (13), conforme o acordo assinado.

Hamas Anuncia Liberação de Reféns e Fim de Participação no Governo de Gaza
O Hamas informou à AFP que irá libertar os reféns ainda mantidos em Gaza na segunda-feira (13) e não fará parte do futuro governo do território após a guerra. Osama Hamdan, um alto funcionário do grupo islamista que controla Gaza desde 2007, confirmou que a troca de prisioneiros começará na manhã de segunda-feira.
O acordo de trégua entre Israel e o Hamas, que começou na sexta-feira, inclui a troca dos últimos reféns — vivos e mortos — em Gaza por quase 2.000 palestinos detidos em prisões israelenses, incluindo 250 por “razões de segurança nacional”. As partes agora devem negociar a implementação do plano de 20 pontos do presidente dos EUA, Donald Trump, para encerrar o conflito.
Ajuda Humanitária e Situação em Gaza
No terceiro dia de cessar-fogo, caminhões com ajuda humanitária chegaram a Gaza, mas moradores de Khan Yunis relataram saques por pessoas famintas. “Não queremos viver na selva. Exigimos que a ajuda seja garantida e distribuída respeitosamente”, afirmou Mohamed Zarab, destacando a situação precária.
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O plano de paz também prevê a substituição do exército israelense por uma força multinacional composta por Egito, Catar, Turquia e Emirados Árabes Unidos, coordenada por um centro de comando dos EUA em Israel. Uma fonte próxima ao Hamas afirmou que o grupo não participará da fase de transição, abrindo mão do controle da Faixa de Gaza, mas continuará sendo parte do tecido social palestino.
Cúpula de Paz e Expectativas
Os comentários do Hamas foram feitos um dia antes de uma cúpula de paz em Sharm el-Sheikh, no Egito, que contará com a presença de cerca de 20 líderes mundiais, incluindo o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres. O presidente Trump se encontrará primeiro com as famílias dos reféns capturados durante o ataque do Hamas em outubro de 2023, que resultou em uma ofensiva israelense devastadora.
Enquanto as famílias dos reféns israelenses aguardam ansiosamente, os palestinos enfrentam a realidade das ruínas de suas casas. Mahmud al-Muzain expressou sua desconfiança em relação a uma paz duradoura, afirmando que “todos temem o retorno da guerra”. Fatima Salem, de 38 anos, lamentou a perda de sua casa, que agora é apenas escombros.
Desafios para uma Solução Política
Apesar do progresso aparente, os mediadores enfrentam o desafio de garantir uma solução política de longo prazo que permita ao Hamas entregar suas armas e renunciar ao controle de Gaza. Uma fonte do Hamas mencionou que o grupo aceita uma trégua de longo prazo, com a condição de que suas armas não sejam usadas, exceto em caso de ataque israelense.
A guerra em Gaza teve início após o ataque do Hamas em outubro de 2023, resultando na morte de 1.219 pessoas em Israel, a maioria civis, conforme dados oficiais. O ataque também resultou na captura de 251 pessoas, das quais 47 ainda estão detidas em Gaza. A ofensiva israelense em resposta causou a morte de pelo menos 67.682 pessoas, segundo o Ministério da Saúde do território.
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Redação ZéNewsAi
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