Hamas publica vídeo de refém israelense escavando “túmulo”

Vídeo exibe Evyatar David em Gaza em condição precária, utilizado para pressionar Israel por um acordo de cessar-fogo.

02/08/2025 20h46

2 min de leitura

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(Imagem de reprodução da internet).

O Hamas divulgou, no sábado (2.ago.2025), um vídeo no qual o refém israelense Evyatar David, de 24 anos, é visto cavando o que ele considera ser seu próprio túmulo durante o cativeiro na Faixa de Gaza. As imagens revelam David em estado debilitado, utilizando ferramentas para escavar o solo.

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Na gravação, datada de 27 de julho, David afirma estar há vários dias sem comer. Ele relata estar em uma situação “muito, muito difícil, que já dura meses” e acrescenta: “Isto não é ficção, é real […]. Não tem comida. Eles me dão o que conseguem”.

A publicação ocorreu em canais do Telegram ligados ao grupo extremista. Na mensagem que acompanha, as Brigadas Al-Qassam, braço armado do Hamas, escrevem: “Este é o túmulo no qual talvez eu seja enterrado”. Atribuem a frase ao refém. O vídeo tem sido utilizado pelo Hamas como forma de pressão sobre o governo de Israel nas negociações por um cessar-fogo.

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O vídeo revela que David recebia apenas lentilhas e feijões. Ele aponta um calendário em que registra os dias de alimentação e os dias de jejum. Em um momento, uma pessoa fora do quadro entrega a ele uma lata de comida. “Esta lata é para 2 dias. Toda esta lata é para 2 dias, para que eu não morra”, afirma.

O réu também se dirige diretamente ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu (Likud, direita): “Fui completamente abandonado por você, meu primeiro-ministro, que deveria me importar comigo e com todos os prisioneiros”.

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O Ministério das Relações Exteriores de Israel divulgou trechos da gravação no X (antigo Twitter) e identificou contas de mídia.

Evyatar David, de 24 anos, um dos 50 reféns, está sofrendo fome, sendo torturado e obrigado a cavar sua própria cova no cativeiro palestino do Hamas. “Vamos ver quem estará na sua primeira página amanhã”, escreveu o Ministério.

A fome em Gaza.

A Organização Mundial da Saúde identificou o aumento da desnutrição provocado pela fome na Faixa de Gaza. O diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que a agência ficou impedida de fornecer qualquer assistência alimentar no território durante quase 80 dias, de março a maio de 2025.

Israel suspendeu o envio de mercadorias para Gaza em março. A restrição foi revogada parcialmente em maio, porém as condições para a chegada de assistência humanitária ainda restringem o acesso a alimentos.

O governo israelense alega que as restrições são medidas para impedir o desvio de recursos para o Hamas. Organizações humanitárias, por outro lado, apontam que apenas uma pequena parcela da ajuda necessária efetivamente alcança a população da Faixa de Gaza.

Fonte por: Poder 360

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