Na noite de segunda-feira (22), o foguete sul-coreano HANBIT-Nano sofreu uma explosão após decolar do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão. O lançamento, que ocorreu às 22h13, foi interrompido após apenas um minuto de voo, devido a uma falha técnica.
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O incidente resultou na perda total do veículo e da carga útil, mas felizmente não houve feridos, pois a missão não possuía tripulação.
Anomalia Técnica e Perda da Missão
Durante a transmissão ao vivo, realizada pela Innospace, a empresa responsável pelo veículo, a equipe comunicou uma “anomalia durante o voo”, momento em que o sinal de vídeo foi abruptamente cortado. Imagens capturadas mostravam uma intensa nuvem de fogo envolvendo a aeronave, confirmando a explosão.
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A equipe da Innospace relatou a ocorrência da anomalia, sinalizando o problema técnico.
Resposta e Avaliação da Área
Imediatamente, equipes da Força Aérea Brasileira (FAB) e do Corpo de Bombeiros do CLA foram acionadas para avaliar a área da colisão. Informações preliminares indicam que os destroços caíram dentro do perímetro da própria base. O foguete HANBIT-Nano transportava experimentos científicos e dispositivos tecnológicos de instituições da Índia e do Brasil.
Contexto Histórico e Importância da Operação
O Brasil realizou seu primeiro lançamento comercial de foguete de classe orbital a partir do CLA na noite de segunda-feira (22/12). O HANBIT-Nano decolou com sucesso por cerca de 50 segundos, quando a anomalia ocorreu. A operação representava um marco estratégico, sendo o primeiro lançamento de um foguete orbital a partir do território brasileiro desde 1999.
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A iniciativa visava reabilitar a base de Alcântara no mercado de pequenos satélites, envolvendo uma parceria inédita entre o Brasil e a iniciativa privada estrangeira.
Desafios e Atrasos Pré-Lançamento
A missão HANBIT-Nano enfrentou três adiamentos anteriores devido a problemas técnicos, incluindo falhas intermitentes em testes de aviônicos, substituição de componentes no sistema de resfriamento do primeiro estágio e funcionamento anormal em uma válvula de ventilação no tanque de metano líquido.
O HANBIT-Nano, com 21,8 metros de altura e 1,4 metro de diâmetro, foi projetado para transportar até 90 kg de carga útil a uma órbita de 500 km, com a participação de 247 profissionais.
Revés para o Programa Espacial Brasileiro
O fracasso da operação representa um revés para o programa espacial brasileiro, que não realiza tentativas de lançamentos orbitais há mais de duas décadas, desde o acidente de 2003, que resultou na morte de 21 pessoas. Até o momento, a Força Aérea Brasileira ainda não divulgou um comunicado oficial detalhando as causas da explosão.
