Hapvida Cai Drasticamente na Bolsa: Queda de 42% e Prejuízo de R$ 6,8 Bi

Hapvida Sofrre Queda Drástica na Bolsa

A ação da Hapvida (HAPV3) enfrentou uma forte desvalorização na bolsa brasileira, com uma queda de 42,1%. O papel fechou em R$ 18,89 após atingir uma marca mínima de R$ 16,75. Essa queda resultou em uma perda de R$ 6,8 bilhões no valor de mercado, conforme cálculos realizados por Einar Rivero, da Elos Ayta.

Dia Volátil no Mercado

O dia foi marcado por uma tendência de queda em diversos mercados acionários, tanto no Brasil quanto no exterior. No entanto, a desvalorização da Hapvida não foi diretamente influenciada por fatores macroeconômicos. A situação refletiu, principalmente, nos resultados ajustados da companhia.

Resultados Ajustados e “One-Offs”

Analisando os resultados ajustados, que excluem eventos não recorrentes, a Hapvida ainda demonstrou crescimento de lucro. Contudo, ao incluir esses “one-offs” – eventos pontuais que não se repetem – a companhia registrou um prejuízo líquido de R$ 57 milhões. Este resultado é uma melhora em relação ao ano anterior, quando o prejuízo líquido foi de R$ 71,3 milhões.

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Preocupações do Mercado

O principal ponto de atenção do mercado é a recorrência desses “one-offs” no balanço da Hapvida. O BTG Pactual, do mesmo grupo da EXAME, classificou a situação como um balanço “muito poluído”, com a persistência de eventos positivos e negativos, indicando instabilidade. A instituição destacou a queda de 17% no Ebitda (Lucro das Operações) e o aumento do índice de sinistralidade da companhia.

Revisão de Projeções

Apesar do resultado inesperado, o BTG Pactual revisou as projeções para a Hapvida nos próximos anos. Além disso, os bancos JP Morgan e Bank of America reduziram suas recomendações para a ação HAPV3, e outras casas também ajustaram seus preços-alvo.

Resposta da Hapvida

A Hapvida apresentou um discurso diferente sobre o balanço, enfatizando a solidez operacional, o foco em eficiência e o avanço de seus pilares estratégicos. A companhia justificou o aumento da sinistralidade pelo período de sazonalidade e pela expansão acelerada de sua rede própria.

Em 2024, a empresa investiu em verticalização, inaugurando e ampliando 7 hospitais e 25 unidades ambulatoriais.