As ações da Hapvida (HAPV3) apresentaram uma queda significativa na manhã de quinta-feira, 13, com a desvalorização ultrapassando 32%, atingindo os R$ 22,10 às 10h45. Essa movimentação reflete uma série de fatores que impactaram negativamente o desempenho financeiro da empresa.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A principal causa reside em resultados financeiros líquidos negativos, agravados por despesas financeiras que aumentaram consideravelmente.
Análise dos Resultados da Hapvida
O prejuízo líquido, considerando efeitos não recorrentes, foi um ponto de atenção. Apesar de menor em comparação com o mesmo período do ano anterior (R$ 57 milhões contra R$ 71,3 milhões), o resultado ainda demonstra dificuldades. A empresa também registrou uma redução no Ebitda ajustado, que diminuiu 2,1% em relação ao ano anterior, e uma estabilidade no número de beneficiários, com 8,869 milhões de clientes, mas com um número expressivo de 614 mil cancelamentos.
LEIA TAMBÉM!
Impacto no BTG Pactual
O BTG Pactual, grupo controlador da EXAME, também apresentou resultados preocupantes. A contração de quase 20% no Ebitda, em comparação com o trimestre anterior, surpreendeu o banco. O resultado financeiro líquido ficou negativo em R$ 354,5 milhões, um aumento de 35,5% em relação ao prejuízo de R$ 261,7 milhões do ano anterior.
O aumento nas despesas financeiras, que subiram 45,1%, também contribuiu para o cenário.
Custos e Sinistralidade
Os custos assistenciais e sinistralidade caixa, que incluem sinistros judiciais e provisões de ressarcimento ao SUS, cresceram 8,9% em relação ao ano anterior, atingindo R$ 6,13 bilhões. As provisões para o SUS mais que dobraram, chegando a R$ 119,8 milhões.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A alta sinistralidade e o crescimento da base de beneficiários, com crescimento orgânico pouco expressivo, também foram apontados como fatores de preocupação.
Revisão das Projeções
Diante desses resultados, o BTG Pactual revisou suas projeções para a Hapvida, prevendo um Ebitda ajustado de R$ 3,747 bilhões em 2026, uma queda de 20% em relação à estimativa anterior, e um lucro líquido ajustado de R$ 1,22 bilhão, ante R$ 2,08 bilhões nos cálculos prévios.
A empresa encerrou o trimestre com uma dívida líquida de R$ 4,25 bilhões, com uma alavancagem de 1 vez.
