Homem é visto em vídeo acompanhando e conversando com estudante da USP na zona leste

Vídeos de segurança flagraram um homem acompanhando e abordando a estudante da USP, Bruna Oliveira de Souza, que foi encontrada morta em 17 de maio.

22/04/2025 18h23

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(Imagem de reprodução da internet).

Em São Paulo, imagens de câmeras de segurança registraram o instante em que um homem acompanhou e se aproximou de Bruna Oliveira da Silva, de 28 anos, encontrada morta na quinta-feira passada (17/4), na zona leste da capital.

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A Polícia Civil identificou o suspeito e busca sua localização e prisão. A informação foi confirmada nesta terça-feira (22/4) pelo Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que investiga o caso.

Bruna foi localizada nos fundos de um estacionamento, na Avenida Miguel Ignácio Curi, na região da Vila Carmosina. A estudante de mestrado da USP estava desaparecida desde o dia 13 de abril e foi vista pela última vez no terminal de ônibus da estação de metrô Corinthians-Itaquera.

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O parceiro detalha a sequência de eventos.

Bruna esteve na casa de Igor Sales, seu namorado, localizada no Butantã, zona oeste, na semana anterior. No sábado, retornou à residência de sua família em Itaquera e, em seguida, encontrou-se com uma amiga. Bruna voltou à casa de Igor no mesmo sábado à noite, apesar do conselho dele.

Eu havia solicitado que ela não viesse, pois precisava buscar o filho no domingo de manhã.

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Igor relatou que Bruna frequentemente precisava insistir para que o pai dela aceitasse levar o menino. No domingo, ela solicitou que o pai a criança o levasse na segunda-feira pela manhã, a fim de passar mais tempo na casa do namorado.

O ex-marido não aceitou a alteração. Bruna, então, solicitou que ele conversasse com seu pai e agendassem um encontro na estação de metrô para que ele entregasse a criança.

Igor recordou: “Ela ficou comigo até 20h, até o limite, porque o pai dela tinha que ir trabalhar às 22h30, então, ela tinha que ir embora”. Ele afirma ter oferecido, como sempre fazia, levá-la de moto até em casa. Contudo, como havia chovido muito no Butantã, Bruna pediu apenas uma carona até a estação de metrô.

Igor relatou que a Bruna chegou à estação Itaquera por volta das 22h. Lá, percebeu ter perdido o ônibus que passava perto de sua casa e optou por caminhar. Igor solicitou que ela utilizasse um carro de aplicativo e efetuou a transferência do valor para que a jovem pagasse a corrida. Às 22h09, ela informou que estava carregando o celular em uma banca comercial e que aguardaria até que o valor da viagem fosse reduzido pelo aplicativo. Às 22h19, ela enviou a mensagem: “Estou indo”.

Após dez minutos, enviei mensagem perguntando se tudo havia corrido bem, pois a estação é próxima da residência dela. Demorou pouco tempo para a resposta. A mensagem chegou, porém ela não respondeu. Comecei a ligar e nada.

Ele pensou que a namorada poderia estar sem energia em casa e, por estar sem bateria, teria ido dormir. Na madrugada, Igor acordou diversas vezes e verificou o celular, sem sucesso em contato com Bruna.

Manifestação

Alunos da USP Leste, responsáveis pelos cursos de arte, ciência e humanidades, realizarão um ato simbólico para exigir justiça e solicitarão maior seriedade nas investigações sobre o caso da Bruna.

As estudantes convocaram uma assembleia, que ocorrerá às 18h na terça-feira (22/4) no hall dos auditórios. O objetivo da reunião é planejar um ato a ser realizado na quinta-feira seguinte (24/4).

As estudantes relatam que a situação em que policiais militares encontraram o corpo da estudante e registraram como morte suspeita, sem apreensão de provas e com prejuízo às investigações do DHPP, permanece sem esclarecimentos.

O documento também indica que o caso da Bruna não é isolado e que as mulheres são violentadas cotidianamente. Além disso, o grupo afirmou que está articulando com coletivos feministas, movimentos sociais, parlamentares e movimentos estudantis para a manifestação.

Alunos solicitam medidas concretas que correspondam à realidade da população, que as políticas de apoio às mulheres sejam integradas com diferentes redes de atendimento e que as câmeras de segurança sejam disponibilizadas: “A família, os estudantes, os professores, os funcionários e todos que tiveram contato com Bruna exigem justiça e resposta para esse crime brutal e cruel”.

Fonte: Metrópoles

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