Homem recebe pena de prisão por publicações com críticas a apoiadores de Bolsonaro após o dia 8 de janeiro
O Tribunal de São Paulo julgou que ele praticou o ato de calúnia; recurso cabível.

Um homem de 49 anos, residente em Itatiba, interior de São Paulo, teve sua sentença convertida para pagamento de multa pelo crime de difamação, após ter publicado críticas com imagens de apoiadores de Bolsonaro nos eventos de 8 de janeiro de 2023. Ele poderá recorrer em liberdade.
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O professor Luciano Vitorio Rigolo foi processado por Maria Eloina Stangherlin, Milton Luis Piovesana e Solange Aparecida de Lima, que acusaram o réu de calúnia, injúria e difamação.
A juíza Fernanda Yumi Furukawa, da vara criminal de Itapema, rejeitou as alegações de injúria e difamação, mas julgou culpado o réu por calúnia. A sentença imposta foi de um ano, quatro meses e 20 dias de detenção em regime semiaberto, acrescida de multa.
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A assessoria jurídica do professor informou que a defesa irá apresentar recurso.
Rigolo, nas postagens que resultaram no processo, apresentou imagens das três pessoas que acionaram a Justiça e empregou termos como “delinquente”, “terrorista” e “golpista”.
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“Bolsonaristas são todos terroristas. Mesmo os que não foram no quebra-quebra, esses também o são, pois aplaudem as ações de seus”. “Vamos nos organizar e preparar a bandeja e entregar todos para o STF”, prosseguiu.
Rigolo afirmou ser ativista político. “Eu estava manifestando a minha liberdade de expressão. Eu não tive a intenção de incitar a violência. Eu tinha a intenção de esclarecimento”, declarou.
“Acessei a página dele. Fui verificar se era verdade. Estávamos em cidade pequena. Eu me senti ameaçada”, afirmou em depoimento Maria Eloina Stangherlin, uma das pessoas que acionaram a justiça. Ela destacou, ainda, que Rigolo a associou a facções criminosas.
A CartaCapital contatou a defesa de Sgantherlin, Piovesana e Lima para tratar da decisão e está à espera de resposta.
Fonte: Carta Capital