Ouro Pode Superar US$ 4.000 no Curto Prazo, Aponta HSBC
A avaliação do HSBC, divulgada pela Reuters nesta sexta-feira, 3, projeta que o ouro poderá ultrapassar a marca de US$ 4.000 por onça ainda no curto prazo. Essa estimativa considera fatores como riscos geopolíticos, incertezas fiscais e as preocupações em relação à independência do Federal Reserve (Fed).
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Segundo o relatório do banco, a valorização pode se estender até 2026, com o apoio das compras oficiais de bancos centrais. A instituição destacou que a demanda de investidores institucionais pelo metal como ferramenta de diversificação deve permanecer consistente.
Ouro Renova Recordes
Na última quinta-feira, 2, o ouro à vista atingiu um máximo histórico de US$ 3.896,49, impulsionado pelo impasse fiscal nos Estados Unidos e pela expectativa de reduções nas taxas de juros. Nesta sexta-feira, o metal acumulou a sétima semana consecutiva de valorização, sendo cotado a US$ 3.885.
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Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para outubro fechou em alta de 1,07%, a US$ 3.880,8 por onça-troy, próximo ao recorde de US$ 3.897,50 de quarta-feira, 1º.
Cenário Internacional
O Senado norte-americano retomou a discussão de propostas divergentes entre Democratas e Republicanos para solucionar a paralisação do governo federal, que já durava três dias. A interrupção das atividades afeta a divulgação de dados econômicos, pesquisas científicas e regulamentações financeiras.
Adicionalmente, aumentam as preocupações sobre a autonomia do Federal Reserve, após a tentativa de demissão da governadora Lisa Cook pelo presidente Donald Trump. Esse episódio gera temores de interferência política nas decisões de política monetária.
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O HSBC avaliou que um ritmo mais moderado de cortes de juros pelo Fed poderia limitar parte da valorização do ouro. No entanto, o banco ressaltou que o metal permanece como uma reserva de valor relevante em momentos de instabilidade e em ambientes de juros baixos.
No acumulado de 2025, o ouro registra valorização superior a 47%. Para 2026, a projeção do HSBC é que os bancos centrais continuem comprando o ativo, com foco na redução da dependência em relação ao dólar. A expectativa, contudo, é que o ritmo de compras seja menor do que o observado entre 2022 e 2024.