Hugo defende a implementação da reforma administrativa, enquanto governistas expressam preocupações
O projeto do presidente da Câmara é implementar alterações na administração pública como parte de seu mandato.

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), analisa a formação de um grupo de trabalho para debater uma nova proposta de reforma administrativa.
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Não existe perspectiva real de prazo para a votação do tema na sessão plenária. A proposta envolveria discutir a reorganização de cargos, mecanismos para a progressão de carreira no serviço público, a avaliação de desempenho e a digitalização do governo, entre outros aspectos.
Deputados envolvidos na questão declaram que a PEC 32/20, analisada durante o governo Jair Bolsonaro, não seria retomada. Contudo, alguns mencionam a possibilidade de incorporar novas medidas propostas para alongar a tramitação, considerando que esta última está pronta para ser votada em sessão plenária.
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Hugo Motta tem buscado que uma reforma administrativa seja o “legado” de sua presidência na Câmara. A reforma tributária foi o legado de Arthur Lira (PP-AL), enquanto a da previdência foi o de Rodrigo Maia (União Brasil-RJ) durante a gestão na Casa.
Deputados estão dialogando com Hugo sobre o assunto e são apontados para a composição do grupo de trabalho, incluindo Zé Trovão (PL-SC) e Pedro Paulo (PSD-RJ).
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O deputado catarinense já trata sobre a reforma com entidades e o setor produtivo há semanas. Ele afirma que a intenção é propor uma “modernização do Estado”, inclusive para tentar reduzir resistências.
É necessário atualizar o Estado com urgência. A reforma administrativa, fundamentada em inovação, gestão de pessoas e eficiência na máquina pública, é fundamental para assegurar serviços de qualidade à população e um Brasil mais justo, produtivo e sustentável.
Outros nomes mencionados para o grupo incluem Pedro Campos (PSB-PE), Antônio Brito (PSD-BA) e Arthur Oliveira Maia (União Brasil-BA).
Apesar do interesse de alguns parlamentares em abordar a reforma administrativa, integrantes do governo declararam à CNN que o tema não se encontra necessariamente na prioridade da base de apoio do presidente Lula, até o momento. A avaliação é de que existem outras propostas mais relevantes a serem tratadas em primeiro lugar, como a reforma do Imposto de Renda.
Também é discutido que uma reforma administrativa pode ser desfavorável à imagem do Presidente da República, sobretudo em período eleitoral.
Mesmo deputados mais conservadores, que apoiam a realização de uma reforma administrativa, manifestaram ceticismo em relação ao avanço do tema. Acreditam não ser o momento ideal.
Fonte: CNN Brasil