Hugo Motta recebe pressão de Zambelli e assegura voto de perda de mandato

Presidente da Câmara garante que seguirá o regulamento.

10/06/2025 21h43

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(Imagem de reprodução da internet).

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), foi questionado em plenário pelo deputado da oposição André Fernandes (PL-CE) acerca de declarações em que alegou que atenderia à decisão judicial que ordenou a perda do mandato da deputada Carla Zambelli (PL-SP).

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Em retaliação ao deputado do PL, Hugo Motta, declarou que submeterá à votação no plenário a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que ordenou a perda do mandato da deputada federal licenciada Carla Zambelli.

Desejo esclarecer que não atuarei por meio de gritos. Não será por meio de acusações ou justificativas que insinuem que agirei contra ou a favor sobre o tema. Cumprimento o regimental. Notificaremos para que ela possa se defender e a decisão final será a palavra do plenário, é isso que faremos.

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Na sessão de terça-feira (10), o deputado André Fernandes declarou que a oposição apoiou a eleição de Hugo Motta à presidência da Câmara com a expectativa de que ele apresentasse a proposta de lei de Anistia. Segundo Fernandes, além da promessa não ter sido cumprida, Motta também não teria se dedicado à defesa do mandato da deputada Carla Zambelli.

Não estamos analisando a defesa constitucional desta Casa. Esta Casa deveria deliberar sobre a perda de mandato e a cassação de mandato em exercício [de Carla Zambelli]. E, de repente, um milhão de votos são descartados. Precisamos dar uma resposta ao Supremo Tribunal Federal, afirmou o parlamentar opositor.

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O presidente da Câmara declarou que a questão é atípica, não possui paralelo na Câmara e enfatizou que a decisão judicial deve ser obedecida.

Caso Zambelli

A deputada federal encontra-se afastada do mandato, com os pagamentos suspenso pela Câmara, em decorrência da decisão do ministro Alexandre de Moraes.

Ela partiu do país na semana passada e afirmou não ter tido o direito à legítima defesa no Supremo.

Zambelli foi sentenciada a dez anos de prisão, a perda do mandato e a inelegibilidade na última sexta-feira (6), quando a Primeira Turma do STF rejeitou o recurso apresentado por sua defesa.

Ela está foragida na Itália, onde se instalou após passar alguns dias nos Estados Unidos.

A ordem de prisão definitiva foi emitida no último sábado (7). Ela está incluída na lista da Interpol e pode ser presa a qualquer momento.

O ministro Alexandre de Moraes, na decisão final sobre o caso, ordenou o início do processo de extradição da parlamentar.

Fonte por: CNN Brasil

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