IBGE aponta aumento de uniões temporárias e mudanças na família brasileira

IBGE aponta aumento em uniões temporárias e mudanças na estrutura familiar no Brasil. Pesquisa revela crescimento em uniões sem residência e maior participação feminina

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(Imagem de reprodução da internet).

Uma análise recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), baseada nos dados do Censo 2022, revela um aumento notável nas transformações nos padrões familiares no Brasil nas últimas duas décadas. A pesquisa, intitulada “Nupcialidade e Família”, apresenta dados que indicam uma mudança significativa na composição das famílias brasileiras.

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Entre 2000 e 2022, a porcentagem de indivíduos que viviam em união conjugal apresentou um ligeiro crescimento, passando de 49,5% para 51,3%. Paralelamente, houve um aumento expressivo na proporção de pessoas que já haviam experimentado uma união conjugal, mas que não residiam mais em um relacionamento, elevando-se de 11,9% para 18,6% nesse mesmo período.

A parcela de indivíduos que nunca viveram em união conjugal diminuiu de 38,6% para 30,1%.

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Em 2022, o estado do Tocantins apresentou a maior porcentagem de indivíduos que haviam vivido em união conjugal, mas não residiam mais em um relacionamento, com 21,4%. Esse valor foi seguido por Bahia (20,4%) e Sergipe (20,1%). Por outro lado, Santa Catarina, Pará e Mato Grosso registraram as menores porcentagens de indivíduos nessa situação, com 16,1%, 16,9% e 16,9%, respectivamente.

Entre 2000 e 2022, a proporção de brasileiros casados no regime religioso e no regime civil diminuiu quase dez pontos percentuais, passando de 49,4% para 37,9%. A porcentagem de pessoas vivendo em união consensual aumentou de 28,6% para 38,9%, tornando-se a forma de união mais frequente no Brasil.

A proporção de casamentos somente no civil também cresceu: de 17,5% para 20,5% no mesmo período.

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A pesquisa do IBGE também comparou os dados brasileiros com os de outros países. O número de brasileiros que vivem sozinhos aumentou nas últimas duas décadas, mas permanece abaixo do registrado em diversos países. A maioria da população brasileira (80,9%) vive com pelo menos um cônjuge ou um parente.

Em comparação, na Finlândia, a porcentagem de pessoas que vivem sozinhas é de 45,34%, enquanto na Suécia, os solitários representam 30%, e na Dinamarca, 27,5%.

Os dados revelam uma mudança significativa na estrutura familiar, com um aumento na participação das mulheres no sustento dos lares. Entre 2000 e 2022, o percentual de famílias com responsáveis do sexo masculino recuou de 77,8% para 51,2%, enquanto o percentual de famílias cujo responsável era mulher cresceu de 22,2% para 48,8%.

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