O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta terça-feira (30) dados que mostram uma queda significativa na taxa de desemprego no Brasil. O índice atingiu 5,2% nos últimos três meses, que culminaram em novembro, representando o menor nível já registrado desde o início da série histórica em 2012.

Essa melhora veio acompanhada de novos recordes na renda média dos trabalhadores e no número total de pessoas empregadas no país.

As expectativas dos economistas, que foram confirmadas pelos dados, apontavam para uma taxa de 5,4%. A redução de 0,4 ponto percentual no trimestre móvel (junho a agosto de 2025) e a queda de 0,9 ponto em relação ao mesmo período de 2024, reforçam a resiliência do mercado de trabalho, mesmo com as altas taxas de juros.

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Dados Chave em Novembro

Nos três meses até outubro, a taxa de desemprego ficou estabilizada em 5,4%. O número de pessoas ativas no mercado de trabalho alcançou um recorde de 103 milhões. Por outro lado, a quantidade de indivíduos em busca de emprego diminuiu para 5,644 milhões, o menor volume da série histórica.

O aumento de 1,8% na renda real dos trabalhadores em relação ao trimestre anterior, que atingiu R$ 3.574, também contribuiu para o cenário positivo. A coordenadora do IBGE, Adriana Beringuy, destacou que “o mercado de trabalho está conseguindo ganhos cumulativos mesmo com os juros altos”.

Informalidade em Declínio

Além dos números gerais, a taxa de informalidade no emprego também apresentou uma melhora, recuando para 37,7% da população ocupada em novembro, o que corresponde a 38,8 milhões de trabalhadores. Essa diminuição representa uma redução em relação ao trimestre anterior, que havia registrado 38% de informalidade.

O Banco Central tem mantido a taxa básica de juros (Selic) em 15% ao ano, buscando controlar a inflação. A expectativa é que uma primeira redução na Selic ocorra em março de 2026, com o objetivo de chegar a 12,25% ao final de 2026.

Economistas preveem que o mercado de trabalho continuará forte até o fim do próximo ano, com o desemprego permanecendo abaixo de 6%.