O Ibovespa estava em alta de mais de 2% nesta terça-feira (14), ultrapassando os 123 mil pontos, devido à divulgação dos dados de inflação nos Estados Unidos.
A notícia indica que os preços estão enfraquecendo e, por isso, é possível que a época de aumento dos juros na economia dos Estados Unidos esteja próxim a um fim. Isso tem gerado um clima de otimismo.
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O índice da bolsa brasileira estava em avanço de 2,11%, atingindo 122.949 pontos às 14h28. Já o dólar estava em queda de 0,86%, cotado a R$ 4,86, no mesmo horário. Durante a manhã, o dólar chegou a cair mais de 1%.
Em outubro, a maior economia do mundo teve inflação estável, zero. O não aumento dos preços pegou economistas de surpresa, já que o pessoal esperava uma alta – ainda que discreta – de 0,1%. Em 12 meses, a inflação está em 3,2%.
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Os números geraram duas reações: primeiro, confirmaram a ideia de que os aumentos de juros ficaram para trás, ou seja, que o Federal Reserve não irá elevar as taxas para combater a inflação, uma vez que os preços estão se mantendo sob controle.
E a segunda reação que começa a ser vista é sobre quando o BC americano pode tirar a tesoura da gaveta para começar a cortar os juros. A expectativa é que a redução possa começar no primeiro semestre de 2024.
“Os dados de inflação serão um teste importante para a narrativa de que o Federal Reserve começará os cortes na taxa de juros já no segundo trimestre do próximo ano ? uma visão contrária à qual os próprios funcionários do Fed estão comunicando”, disse Thiago Avallone, especialista em câmbio da Manchester Investimentos.
De acordo com a ferramenta Fedwatch do CME Group, os operadores estimaram uma probabilidade de 86% de que o Fed mantenha a taxa de juros entre 5,25% e 5,50% em dezembro.
Enquanto isso, as chances de um primeiro corte em junho de 2024 aumentaram recentemente.
No geral, quando os custos dos empréstimos aumentam nos EUA, o dólar tende a se valorizar globalmente. Isso ocorre porque os investidores estão mais interessados no mercado de renda fixa dos Estados Unidos, considerado extremamente seguro.
Por outro lado, quando a maior economia do mundo têm juros mais baixos, isso beneficia as moedas de países que oferecem retornos mais altos, como o Brasil.
Na véspera, o dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 4,90 na venda, em baixa de 0,13%.
Economia doméstica
No Brasil, o mercado acompanha a reta final dos balanços corporativos, com números da Azul e Nubank. A aérea subia quase 9%, Localiza e CVC Brasil ganham 7%, Casas Bahia tem alta de 6% e Renner e Carrefour sobem mais de 4%.
Além disso, os investidores estão prestando atenção nos dados de serviço do mês de setembro. De acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do IBGE, o setor teve uma queda de 0,3% em relação a agosto.
Na área corporativa, um acontecimento importante nesta terça-feira ocorreu com a empresa Magazine Luiza. A varejista informou em comunicado que foram encontrados erros nos registros contábeis de bônus para fornecedores. Com isso, as ações da Magalu caíram 7,51%, liderando as perdas no índice Ibovespa.
Em março, alguém enviou uma denúncia anônima para relatar desconfianças sobre práticas comerciais que parecem ser contrárias ao código de ética. A empresa afirma que essa denúncia é falsa. Os problemas encontrados no patrimônio líquido totalizam 322 milhões de reais, após a inclusão dos créditos tributários.
A Magazine Luiza comunicou ao mercado sobre um fato importante logo depois de divulgar seu balanço do terceiro trimestre. O balanço mostrou um lucro líquido de 331 milhões de reais, revertendo um prejuízo de 190 milhões no mesmo período do ano passado.
A Natura&Co vendeu sua marca The Body Shop para a Aurelius Investment por cerca de US$ 254 milhões (R$ 1,25 bilhão). O anúncio foi feito nesta terça-feira.
Investidores estão esperando a divulgação dos números da inflação nos Estados Unidos.
Investidores estão ansiosos pelos números da inflação nos Estados Unidos. A expectativa é alta para conhecer os dados que serão divulgados.
