O Ibovespa manteve o patamar dos 150 mil pontos nesta terça-feira (4), impulsionado por uma alta discreta de 0,17%. Este desempenho positivo, que se estende por dezesseis sessões consecutivas, representa a maior sequência de valorização desde julho de 2024.
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O índice também atingiu um novo recorde no intraday, com 150.887 pontos, acompanhado por um volume financeiro de R$ 25,18 bilhões.
Fatores que Limitam o Crescimento
Apesar da sequência de valorização, o crescimento do Ibovespa foi limitado pela queda das ações da Vale e Embraer, em um cenário internacional marcado por maior cautela. Segundo Willian Queiroz, sócio da Blue3 Investimentos, o pregão refletiu momentos de realização de lucros e o “mau humor” proveniente do exterior.
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Previsões Internacionais e Impacto no Mercado
Nos Estados Unidos, o S&P 500 recuou 1,17%, após a divulgação de alertas de executivos de grandes bancos sobre uma possível correção negativa nos mercados. Ted Pick, presidente do Morgan Stanley, mencionou a possibilidade de uma queda de 10% a 15% nas ações sem um gatilho macroeconômico específico.
Movimentação do Dólar e Cenário Externo
O dólar acompanhou a tendência global de aversão ao risco, subindo 0,77% a R$ 5,3991. O contrato para dezembro avançou 0,70%, a R$ 5,4325. No ano, a moeda ainda apresenta queda de 12,6% frente ao real, refletindo incertezas sobre a trajetória dos juros nos EUA.
Decisão do Copom em Destaque
A atenção se volta agora para a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) nesta quarta-feira (5). A decisão do Banco Central será crucial para calibrar as expectativas sobre o início dos cortes na taxa Selic. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu que o BC sinalize cortes em breve.
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Intervenção do Banco Central no Mercado Cambial
O Banco Central vendeu 45 mil contratos de swap cambial para rolagem do vencimento de 1º de dezembro, buscando conter a alta do dólar. A moeda americana subiu 0,36%, a 100,25 pontos, refletindo a força da moeda frente a pares como o peso mexicano e o rand sul-africano.
