Ibovespa inicia em alta após a pior semana desde julho; dólar a R$ 5,467, queda de 0,98%

Às 10h23, a moeda americana estava cotada a R$ 5,467, apresentando uma queda de 0,98%.

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(Imagem de reprodução da internet).

Ibovespa e Dólar

O Ibovespa iniciou a semana em alta. Às 10h29, o principal índice da B3 registrava um aumento de 0,72%, alcançando 141.696 pontos. Na sexta-feira, 10, o índice havia encerrado em queda de 0,73%, com 140.680 pontos, acumulando uma perda semanal de 2,44%, a pior desde 6 de julho.

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O dólar também começou a semana em baixa. Por volta das 10h23, a moeda americana estava cotada a R$ 5,467, apresentando uma queda de 0,98%.

Desenvolvimentos EUA e China

Os mercados globais abriram a segunda-feira, 13, com sinais de recuperação, impulsionados pela postura mais conciliatória do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em relação à China. Após dias de retórica agressiva, Trump declarou que “vai ficar tudo bem” com Pequim, o que ajudou a reduzir a tensão nos mercados.

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A declaração de Trump levou os futuros de Nova York, os preços do petróleo e os recibos de ações brasileiras negociados em Nova York (ADRs) a avançarem nas primeiras horas da manhã. Pequim, por sua vez, pediu “negociação, em vez de ameaças”, mas afirmou que “não tem medo de uma guerra tarifária”. Dados recentes mostraram um aumento nas importações e exportações da China.

O feriado do Dia de Colombo nos Estados Unidos mantém os mercados de Treasuries fechados, o que deve impactar a liquidez global ao longo do dia.

Liberação de Reféns pelo Hamas

No Oriente Médio, o governo de Israel confirmou que os 20 últimos reféns sequestrados pelo Hamas já estão em território israelense. Eles foram capturados durante o ataque de 7 de outubro de 2023, que deu início ao conflito em Gaza.

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Durante a operação, Trump chegou a Israel e declarou que “a guerra acabou”, ao lado do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. O presidente americano presidirá uma cúpula pela paz em Gaza no Egito.

Em seu discurso no parlamento israelense, Trump afirmou que o Hamas será desarmado, como parte de um acordo de cessar-fogo que envolve 20 pontos, com apoio do Egito, Catar, Turquia e Estados Unidos.

Boletim Focus do Banco Central

A agenda econômica começou às 8h25 com a divulgação do Boletim Focus do Banco Central. Analistas consultados reduziram as projeções do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2025, de 4,80% para 4,72%. Para 2026, a projeção se manteve em 4,28%.

As expectativas para a Selic e o PIB permaneceram estáveis para 2025, 2026 e 2027, enquanto para 2028, a expectativa do PIB caiu de 1,90% para 1,83%. As previsões para o câmbio foram reduzidas para 2026 e 2027.

Eventos do Dia

No exterior, às 13h55, está programado um discurso de Anna Paulson, dirigente do Federal Reserve, em um evento nos EUA. A balança comercial mensal brasileira será divulgada às 15h pela Secretaria de Comércio Exterior.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva retornará à noite de Roma, após um encontro no Vaticano com o papa Leão XIV nesta manhã.

Mercados Internacionais

As bolsas globais refletem a escalada nas tensões comerciais entre China e Estados Unidos. Os índices da Ásia fecharam em baixa nesta segunda-feira. Em Hong Kong, o Hang Seng caiu 2,04%, enquanto o CSI 300, da China continental, recuou 0,5%. O porta-voz do Ministério do Comércio chinês acusou Washington de adotar um “duplo padrão” após Trump prometer tarifas adicionais de 100% sobre importações chinesas.

As bolsas europeias operam em leve alta, impulsionadas pelo setor de mineração, que reagiu ao tom mais brando de Trump em relação à China. Por volta das 10h20 (horário de Brasília), o Stoxx 600 subia 0,20%, o DAX avançava 0,21% e o CAC 40 tinha leve alta de 0,03%, enquanto o FTSE 100 recuava 0,17%.

Nos Estados Unidos, os futuros das bolsas apresentam forte recuperação após a queda da sexta-feira. Os contratos do Nasdaq 100 subiam 1,96%, os do S&P 500 avançavam 1,26% e os do Dow Jones, 0,84%, com destaque para ações de tecnologia como AMD, Nvidia e Broadcom. O foco do mercado agora se volta para a temporada de balanços e os encontros do FMI e do Banco Mundial nesta semana.

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