Ibovespa sobe: Rali de Fim de Ano é possível ou risco no mercado acionário
Ibovespa atinge 150 mil pontos, reacende debate sobre “rali de fim de ano”. Investidores avaliam cenário com juros altos e inflação. Especialistas divergem sobre potencial de alta no mercado acionário
Rali de Fim de Ano: Oportunidade ou Cautela no Mercado Acionário
A recente escalada dos 150 mil pontos no Ibovespa, registrada no pregão desta segunda-feira, 3, reacendeu um debate tradicional no mercado financeiro: a possibilidade de um “rali de fim de ano”. Esse movimento de alta, que costuma ocorrer nos meses de novembro e dezembro, e que historicamente tem entregado ganhos médios entre 3,38% e quase 21%, tem gerado expectativas e cautelas entre investidores.
A tradição do rali de fim de ano está associada ao aumento da liquidez no sistema financeiro, impulsionado pelo pagamento de bônus e do 13º salário, e à reacomodação das carteiras de investidores, que buscam otimizar seus investimentos para o próximo ano.
Ao longo dos últimos 26 anos, em 12 das ocasiões o Ibovespa apresentou ganhos significativos nos meses de novembro e dezembro. No entanto, em 2024, o índice recuou 3,12% em novembro e 4,28% em dezembro, em um contexto marcado por juros elevados, inflação resistente e desconfiança em relação às contas públicas.
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No exterior, a vitória do ex-presidente Donald Trump nos Estados Unidos, trouxe volatilidade adicional e fortaleceu o dólar, reduzindo o apetite por risco em países emergentes.
Análise de Especialistas e Perspectivas para 2025
Apesar dos desafios recentes, alguns analistas acreditam que o cenário se torna mais favorável para um novo rali. Marcelo Boragini, especialista em renda variável na Davos Investimentos, destaca que a sequência de recordes desde maio sugere que o índice pode estar ensaiando um rali de final de ano, especialmente se os dados macroeconômicos continuarem favoráveis e se os balanços corporativos mantiverem um ritmo positivo.
Sidney Lima, analista da Ouro Preto Investimentos, ressalta que, embora o patamar atual da Bolsa mostre confiança, já embute parte do otimismo, e que o potencial de um rali existe, mas com ressalvas.
Entre os fatores que sustentariam uma nova alta, Ângelo Belitardo, gestor da Hike Capital, cita a expectativa de cortes de juros, o ambiente externo mais favorável e o efeito psicológico do recorde, que tende a atrair novos investidores. No entanto, o rali pode ser freado se houver piora no risco fiscal, câmbio instável, inflação acima do esperado ou postergação da queda de juros.
Enrico Cozzolino, sócio e head de análises da Levante Investimentos, avalia que as ações de empresas de peso do Ibovespa estão “baratas” em relação ao seu valor histórico.
Fatores Externos e Cenário Político
Luis Castro da Fonseca, sócio-fundador da Nest Asset Management, afirma que o desempenho do fim de ano do índice dependerá do que acontecer lá fora, especialmente nas ações dos Estados Unidos. Em 2025, segundo dados da casa, a bolsa brasileira subiu 40,24% em dólares, contra 33,63% na média dos emergentes.
Outros países também tiveram fortes ganhos, como México (45,91%), África do Sul (57,48%), China (40,32%) e Coreia do Sul (85,6%).
O cenário político doméstico também pode influenciar o comportamento da Bolsa, principalmente por conta da proximidade com as eleições de 2026. Temas como o Imposto de Renda, PECs e a segurança pública podem gerar volatilidade e impactar o mercado.
Autor(a):
Redação ZéNewsAi
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