ICMBio afirma que onça que se alimenta de humanos não retorna ao ambiente natural

A onça-pintada será encaminhada a uma instituição credenciada e integrada ao Programa de Manejo da Onça-Pintada, com a coordenação do ICMBio.

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(Imagem de reprodução da internet).

A onça-pintada identificada como responsável pela morte de Jorge Avalo, de 60 anos, não será devolvida à natureza. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) anunciou nesta sexta-feira (25/4) que o animal, um macho de 94 kg capturado no local do ataque, permanecerá em cativeiro e será incorporado ao Programa de Manejo Populacional da Onça-Pintada.

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A equipe do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (CENAP/ICMBio) acompanha o caso ocorrido no Mato Grosso do Sul. Em comunicado, o instituto expressou pesar pelo ocorrido e solidariedade aos familiares da vítima.

De acordo com o ICMBio, a onça demonstrava comportamento excessivamente acostumado à presença humana. Vídeos divulgados nas redes sociais mostravam que onças na região estavam sendo alimentadas por moradores, prática conhecida como “ceva”. O hábito, criticado por especialistas, pode gerar acidentes graves, como o ocorrido com Jorge Avalo.

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Compreenda o caso.

A Polícia Militar Ambiental instalou câmeras fotográficas na área do incidente para confirmar a presença de outros felinos. A operação de captura envolveu um médico-veterinário especializado, sob orientação do ICMBio e com apoio do IBAMA. O animal foi encaminhado ao Centro de Reabilitação de Animais Selvagens (CRAS/IMASUL), onde receberá avaliações de saúde e comportamento.

A definição do futuro do animal será realizada em parceria entre a Secretaria de Meio Ambiente do Mato Grosso do Sul (SEMADESC) e o ICMBio. O próximo passo para determinar o destino da onça será a designação de uma instituição habilitada a conservar fauna silvestre em cativeiro, com o felino participando do programa de conservação *ex situ* da espécie — fora do ambiente natural.

O animal deve ser encaminhado a uma instituição mantenedora de fauna adequada para recebê-lo e será incorporado ao Programa de Manejo Populacional da Onça-Pintada, coordenado pelo ICMBio. Terá papel importante no plano de conservação *ex situ*, e sua destinação será realizada nessa esfera, pelo ICMBio.

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Apesar de ataques de onças a humanos serem muito raros, o ICMBio adverte que situações de familiarização com a espécie podem elevar o risco de ocorrências. O ataque que resultou em óbito do homem foi o primeiro em quase duas décadas no país.

Para prevenir encontros perigosos com onças em ambientes naturais, o Instituto sugere uma série de precauções: evitar trilhas isoladas, não caminhar em horários de maior atividade dos animais (como ao nascer e pôr do sol), produzir ruídos durante os trajetos e, em caso de avistamento, manter contato visual sem fugir ou exibir sinais de pânico.

Fonte: Metrópoles

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