Igor Mazaki busca R$ 188 milhões no Vale do Silício para fundo de inovação no Brasil
Igor Mazaki, líder da Plug and Play no Brasil, apresentará ao CEO global uma proposta para criar um fundo de até US$ 50 milhões voltado para agro, energia e fin…

Igor Mazaki busca investimento no Vale do Silício
Em duas semanas, o economista Igor Mazaki viajará ao Vale do Silício com um objetivo claro: persuadir a matriz global da Plug and Play, uma das principais plataformas de inovação do mundo, a investir até US$ 50 milhões em startups da América Latina. Deste montante, 70% será destinado ao Brasil, o que equivale a aproximadamente R$ 188,3 milhões na cotação atual.
O fundo, que poderá iniciar suas operações no segundo semestre de 2026, faz parte de um plano mais abrangente para fortalecer a presença da empresa no Brasil, atualmente sob a liderança de Mazaki.
História da Plug and Play
Com sede em Sunnyvale, na Califórnia, a Plug and Play atua como um elo entre startups e grandes corporações, auxiliando empresas a desenvolver programas de inovação aberta e, em alguns casos, investindo em participações minoritárias.
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A Plug and Play foi fundada por Saeed Amidi, que entrou no Vale do Silício quase por acaso. Nos anos 1980, a família do empresário iraniano-americano adquiriu um prédio modesto em Palo Alto, que se tornaria conhecido como o “Lucky Building”. Muitas salas eram alugadas em troca de ações, abrigando pequenas startups como Google e PayPal.
Atuação no Brasil
No Brasil, a atuação da Plug and Play começou de forma tímida em 2016. Desde então, a empresa investiu em unicórnios latinos como Rappi e CloudWalk. Em 2025, com Mazaki assumindo a operação local, a Plug and Play passou por uma transformação significativa: segundo o CEO, a receita cresceu mais de 40%, a equipe aumentou em 50% e o lucro passou de negativo a dois dígitos.
Mazaki renegociou contratos com parceiros antigos, estabeleceu KPIs claros para novos, reduziu custos operacionais e se envolveu diretamente na articulação com clientes e fundos. “Aumentei a torneira e fechei o ralo”, resume.
Visão de Mazaki
Antes de liderar a empresa no Brasil, Mazaki foi CFO da Alliance Ventures, fundo criado pela aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, e diretor global de inovação da Jaguar Land Rover, onde estruturou um fundo corporativo e uma incubadora de startups.
“Nos últimos anos, toda minha atuação foi voltada a entregar resultado e conexão real com as áreas de negócio. Inovação sem retorno é narrativa vazia”, afirma o executivo.
A proposta de investimento
A visão pragmática de Mazaki é fundamental para a tese que ele apresentará ao CEO global da Plug and Play. “Investir no Brasil é estratégico: é um mercado continental, com boas startups e empresas dispostas a inovar, mas que precisam de mais apoio estruturado para escalar”, diz.
A proposta, que Mazaki já começou a apresentar por escrito, é baseada na adaptação do modelo global da empresa ao contexto brasileiro. Enquanto o Vale do Silício opera com ciclos de fundraising rápidos, o Brasil demanda um ritmo diferente, com mais tempo para implementação e métricas ajustadas ao ecossistema local.
Foco no agronegócio
Três verticais estão no centro da operação brasileira: agro, energia e fintechs. Para Mazaki, o fundo é apenas o primeiro passo de um sonho maior: transformar o Brasil em um hub global para o agronegócio.
A proposta é criar, sob a estrutura da Plug and Play, um ecossistema robusto de inovação em agro, semelhante ao que a empresa já fez em mobilidade em Stuttgart, na Alemanha. O plano envolve reunir grandes players do setor — empresas, startups, centros de pesquisa e fundos de investimento — para acelerar a criação de produtos e ferramentas voltadas à produtividade, sustentabilidade e digitalização do campo.
“Não faz sentido a tecnologia de agro ser desenvolvida fora se o Brasil é o maior produtor. A gente precisa virar referência também em agritech”, conclui Mazaki.
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Redação ZéNewsAi
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