IGP-10 registra queda acentuada em maio e é o segundo mês consecutivo de declínio, aponta a FGV
A variação se deveu à queda nos preços das commodities brutas, conforme dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgados na sexta-feira (16).
O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) apresentou queda de 0,01%, recuando pela segunda vez consecutiva após a variação de 0,22% em abril, devido à redução nos preços das matérias-primas brutas, conforme dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgados nesta sexta-feira (16).
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Analistas consultados pela Reuters previram um aumento de 0,17% no mês.
Em 12 meses, o IGP-10 apresentou um aumento de 7,54%.
LEIA TAMBÉM:
● Happy hour com preços elevados? Impactos do aumento de tarifas podem se estender aos estabelecimentos de bares
● O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que as medidas de apoio a empresas impactadas por tarifas serão implementadas rapidamente
● Trump utiliza negociações de fachada para alcançar hegemonia
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, registrou queda de 0,17% em maio, após cair 0,47% no mês anterior.
As quedas nos preços do minério de ferro, óleo diesel e milho, influenciadas pela dinâmica do mercado internacional, foram as principais contribuições para a queda do IPA, afirmou Matheus Dias, economista do FGV IBRE.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O relatório indicou que em maio a mineração de ferro apresentou queda de 1,74%, após registrar declínio de 3,79% em abril; o milho em grãos recuou 5,36%, em contraste com o avanço de 11,64% em abril; e o óleo diesel teve queda de 6,34%, após uma variação de 1,46% no mês anterior.
Na análise por grupos, a redução no IPA ocorreu em conjunto com o declínio dos preços das Matérias-Primas Brutas, que apresentaram uma deflação de 1,09% em maio, após uma queda de 1,0% no mês anterior.
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que responde por 30% do índice geral, registrou a mesma taxa de abril, uma alta de 0,42%.
No IPC, verificou-se aumento em cinco das oito classes que integram o índice: Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,59% para 1,08%), Despesas Diversas (de 0,20% para 1,15%), Habitação (de 0,31% para 0,57%), Vestuário (de 0,02% para 0,66%) e Educação, Leitura e Recreação (de -0,69% para -0,45%).
O aumento do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPC) em maio, com variações de 1,61% para a tarifa de eletricidade residencial e 22,97% para a batata-inglesa, se diferenciava das quedas de 0,74% e 0,85% registradas no mês anterior.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-10) desacelerou levemente, com alta de 0,43% em maio, após um crescimento de 0,45% em abril.
O IGP-10 determina os preços para o produtor, consumidor e na construção civil, abrangendo o período entre o dia 11 do mês anterior e o dia 10 do mês de referência.
IR 2025: confira como aumentar a restituição com despesas de saúde e educação.
Fonte: CNN Brasil