Igreja Católica investe US$ 300 milhões para indenizar vítimas de abusos. Cardeal Dolan anuncia iniciativa após revelações do Boston Globe. Acordo de US$ 1,27 bilhão em Nova Orleans. Vaticano reconhece responsabilidade, com destituição de arcebispo em 2019
A Igreja Católica nos Estados Unidos está investindo mais de US$ 300 milhões (R$ 1,65 bilhão) com o objetivo de indenizar as vítimas de abusos sexuais. Essa iniciativa foi anunciada pelo cardeal-arcebispo de Nova York, Timothy Dolan, em uma carta aberta publicada na internet na segunda-feira, 8 de janeiro de 2025.
Essa ação surge em resposta a uma série de artigos publicados pelo jornal Boston Globe em 2002, que expuseram casos de abusos cometidos por membros do clero em Boston, no estado de Massachusetts. Essas revelações ganharam destaque após o filme Spotlight, que deu voz às vítimas e impulsionou uma onda de processos contra a instituição.
Desde então, numerosos padres foram afastados do clero e enfrentaram ações judiciais. A Igreja tem também destinado somas significativas para compensar as vítimas. O cardeal Dolan enfatizou que o principal objetivo é resolver rapidamente todas as denúncias, oferecendo a maior indenização possível ao maior número de vítimas e auxiliando-as na recuperação e no processo de reconstrução de suas vidas.
Para alcançar esse objetivo, a arquidiocese tomou decisões financeiras difíceis, incluindo demissões e uma redução de 10% no orçamento. Além disso, planeja-se a venda de ativos imobiliários, como a antiga sede da arquidiocese em Manhattan, que foi vendida por mais de US$ 100 milhões (R$ 550 milhões), conforme reportado pelo New York Times.
Para agilizar o processo, a arquidiocese contratou um magistrado aposentado, Daniel Buckley, que também atuou em Los Angeles, resolvendo casos envolvendo mais de 1.000 pessoas por um total de US$ 880 milhões (R$ 4,84 bilhões) em 2024. Recentemente, uma juíza federal aprovou um acordo de US$ 230 milhões (R$ 1,27 bilhão) para a arquidiocese de Nova Orleans, envolvendo centenas de vítimas.
Casos de responsabilidade também foram reconhecidos pelo Vaticano, como a destituição do ex-arcebispo de Washington em 2019, após a acusação de agressão sexual contra um adolescente em 1974 e comportamento inadequado com seminaristas adultos. O caso gerou grande repercussão e evidenciou a necessidade de mudanças internas na instituição.
Um relatório do Vaticano em 2020 expôs a negligência em relação a alertas de abusos cometidos por padres e seminaristas nas décadas de 1980 e 1990, evidenciando a complexidade do problema e a importância de implementar medidas preventivas eficazes.
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