Impasse no Congresso: Dirigentes de centro exigem sanções a apoiadores de Bolsonaro e temem autorização para práticas de pressão
Deputados percebem Motta em posição vulnerável e apoiadores do presidente solicitam resposta.

A presidência da Câmara dos Deputados, liderada por Hugo Motta (Republicanos-PB), analisa a necessidade de uma resposta aos deputados bolsonaristas que buscam obstruir sua posse na Mesa Diretora. Os parlamentares temem que a situação seja ainda mais prejudicada caso não haja uma reação e que o protesto possa criar um precedente para que deputados de diferentes campos políticos, inclusive da esquerda, utilizem a mesma tática de ocupar a sessão plenária para pressionar Hugo Motta.
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Na quarta-feira, o presidente da Câmara necessitou do apoio de líderes de partidos de centro para alcançar a cadeira. Os deputados Luizinho do PP, Isnaldo Bulhões do MDB, Elmar Nascimento do União Brasil e Mario Heringer do PDT, abriram o caminho para a passagem dele entre os deputados bolsonaristas que ainda ocupavam a Mesa Diretora e mantiveram a cadeira para sua utilização.
Além de Marcel Van Hattem (Novo-RS) permanecer na cadeira, mesmo com a chegada de Hugo ao plenário, o deputado Zé Trovão (PL-SP) tentou impedir Hugo Motta de subir as escadas em direção à Mesa Diretora. Conforme relato de parlamentares presentes, o presidente solicitou “respeito” para que a passagem fosse liberada.
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Segmentos dos líderes de centro propõem que deputados que dificultaram a posse de Motta na mesa sejam punidos com seis meses de suspensão, considerando que os parlamentares deveriam passar pelo escrutínio do Conselho de Ética para a análise da possibilidade de destituição. Contudo, também há avaliação de líderes de que uma sanção poderia intensificar ainda mais as divergências e reacender a tensão no relacionamento entre os membros da Câmara.
Fonte por: Jovem Pan
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