Índia acusa Paquistão de ataques em região da Caxemira
Ataques por drones na sexta-feira aumentam a tensão; o Ministério da Defesa indiano afirma que o país está em “alerta máximo”.

Explosões foram registradas na noite da sexta-feira, 9 de maio de 2025, na região da Caxemira, território disputado pela Índia e o Paquistão. O Exército indiano informou que drones considerados hostis foram abatidos durante a intensificação dos confrontos na fronteira.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O Ministério da Defesa do governo de Narendra Modi declarou, em nota no X (ex-Twitter), que o país permanece em alerta máximo. O governo do Paquistão ainda não se manifestou sobre os recentes ataques, tendo já negado envolvimento nas ações anteriores.
Todas as ameaças aéreas estão sendo monitoradas e neutralizadas com sistemas antidrones. A situação é acompanhada de perto e ações rápidas estão sendo tomadas sempre que necessário, informou o órgão indiano.
LEIA TAMBÉM:
● A oposição alega que a eleição legislativa na Venezuela foi sem importância
● Trump solicita nome e nacionalidade de cada estudante estrangeiro da Universidade Harvard
● Trump critica a administração da Universidade Harvard e o desempenho de estudantes internacionais
As Forças Armadas do país também identificaram drones em 26 localidades próximas à fronteira e à Linha de Controle (LoC), incluindo Baramulla, Srinagar, Avantipora, Nagrota, Jammu, Ferozpur, Pathankot, Fazilka, Lalgarh Jatta, Jaisalmer, Barmer, Bhuj, Kuarbet e Lakhi Nala.
De acordo com o Exército, um drone, equipado com armamento, atingiu uma área residencial em Ferozpur, causando ferimentos a uma família. As vítimas foram socorridas e a região foi isolada para avaliação de segurança.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A população, principalmente em áreas de fronteira, recebeu orientação para ficar em casa, evitar viagens e obedecer às recomendações das autoridades. O governo da Índia declarou que não há necessidade de pânico, mas aconselhou à vigilância reforçada.
Os confrontos se intensificaram nesta quinta-feira (7.mai) após a Índia bombardear alvos no Paquistão, sob a justificativa de atacar “infraestruturas terroristas”.
A Nova Delhi justificou a ação como reação a um ataque a tiros contra turistas na Caxemira, administrada pela Índia, em abril, que causou a morte de mais de 20 indivíduos.
O aumento recente das tensões teve início em 22 de abril, com um ataque no Cachem, que resultou em 26 mortos. O governo indiano responsabiliza a ação a grupos com apoio do Paquistão.
A Índia bombardeou alvos no território paquistanês e em áreas da Caxemira sob controle de Islamabad. O Paquistão retaliou com ataques a posições indianas ao longo da Linha de Controle.
O aumento das tensões preocupa a comunidade internacional devido ao arsenal nuclear dos dois países, que possuem mais de 340 ogivas, conforme dados do Sipri (Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo).
Caxemira
O desentendimento entre a Índia e o Paquistão pela região da Caxemira surgiu com a divisão do subcontinente indiano em 1947, momento em que a antiga colônia britânica foi separada entre os dois países.
O Caxemira, de maioria muçulmana, passou a fazer parte da Índia após seu governante hindu decidir unirse ao país, o que foi questionado pelo Paquistão.
Desde então, os dois países enfrentaram guerras e inúmeros confrontos armados na região, que continua dividida entre eles, embora cada um a reivindique integralmente.
O conflito é caracterizado por tensões militares, insurgência separatista do lado indiano e acusações mútuas de violações de direitos humanos e apoio ao terrorismo.
Fonte: Poder 360