Índia e Paquistão chegam a acordo para um cessar-fogo imediato
A interrupção dos ataques foi divulgada em razão do acirramento das tensões na fronteira entre os dois países. O acordo foi facilitado pelos Estados Unidos.

A Índia e o Paquistão concordaram neste sábado 10 em um cessar-fogo imediato após a escalada no conflito na região do Caxemira. O anúncio foi feito pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e confirmado pelo ministro paquistanês do Exterior, Ishaq Dar.
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Os Estados Unidos mediaram o cessar-fogo. O secretário de Estado americano, Marco Rubio, declarou que ele e o vice-presidente americano, J.D. Vance, conversaram nas últimas 48 horas com representantes indianos e paquistaneses, incluindo os primeiros-ministros de ambos os países.
Paquistão e Índia concordaram com um cessar-fogo com efeito imediato. O Paquistão sempre lutou pela paz e pela segurança na região, sem comprometer sua soberania e nem sua integridade territorial.
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Antes, Trump anunciou um cessar-fogo entre as duas potências nucleares, que nos últimos dias registraram o maior nível de tensão desde o século passado, com 98 mortes confirmadas entre os dois países.
Após uma longa noite de conversas mediadas pelos EUA, tenho o prazer de anunciar que Índia e Paquistão concordaram com um cessar-fogo total e imediato. Parabéns a ambos os países pelo bom senso e grande inteligência. Obrigado pela atenção a este assunto!
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Os Estados Unidos manifestaram preocupação com o recente conflito entre Índia e Paquistão, iniciado em 22 de abril após um ataque terrorista na região da Caxemira que ceifou a vida de 26 pessoas.
A chefe do Estado-Maior das Forças Armadas indianas, Vyomika Singh, declarou em uma coletiva de imprensa que Nova Deli está comprometida na “não escalada” do conflito, desde que o lado paquistanês retribua a postura.
Situação crítica desde 1999.
O acordo de cessar-fogo foi anunciado após o aumento das tensões na fronteira entre os dois países. Em resposta a um ataque do Paquistão na quarta-feira, as forças militares indianas responderam disparando mísseis contra diversas posições na Índia neste sábado.
O governo indiano declarou que a ofensiva de quarta-feira foi em retaliação ao ataque terrorista de 22 de abril, quando indivíduos armados, supostamente originários do Paquistão, invadiram Pahalgam, região turística no कश्मीर administrada pela Índia, e dispararam contra civis, resultando em pelo menos 26 mortos, a maioria hindus. Alega-se que os atacantes selecionaram as vítimas com base em sua religião, exigindo que recitassem versículos islâmicos para identificar não-muçulmanos antes de atirar. O Paquistão nega qualquer envolvimento no ataque.
Desde então, a situação se agravou rapidamente. O Paquistão informou, no sábado, que pelo menos 13 civis foram mortos e 56 ficaram feridos na Caxemira administrada pelo Paquistão desde a meia-noite em decorrência de confrontos transfronteiriços.
O Paquistão informou que os ataques aéreos da Índia na quarta-feira, contra alvos supostos terroristas em seu território, e as transgressões do cessar-fogo na fronteira comum entre os dois países resultaram em 33 mortos e 57 feridos entre a população civil paquistanesa.
Registraram-se mortes no lado indiano da Linha de Controle (LoC) em decorrência de intensos confrontos entre forças paquistanesas e indianas, totalizando pelo menos 26 vítimas, a maioria resultado de quebra de acordo dentro do território indiano. O número de falecidos na Índia também inclui três mortos, causados por um ataque aéreo da Paquistão.
A escalada de tensões entre Índia e Paquistão representou o pior momento entre as duas nações nucleares desde o Conflito de Kargil, em 1999. O conflito, centrado na disputa pela Caxemira, que ocorre entre Nova Delhi e Islamabad desde a partição do país em 1947, permaneceu como foco de tensões entre os dois países.
Fonte: Carta Capital